21/11/2017
O eixo norte, que não está pronto, vai captar água na divisa do Pernambuco e abastecer rios do Ceará, Rio Grande do Norte e Paraíba.
Uma comitiva da FIEP - Federação das Indústrias do Estado da Paraíba, que tem como presidente o Dr. Buega Gadelha, estiveram na ultima quinta feira (16), e percorreram de Cabrobó Pernambuco até Maurití Ceará.
Estavam presentes a comitiva Jornalistas, representantes de Sindicatos, Dnocs, Sebrae, Emater, Cagepa entre outras instituições. Os representantes da Fiep Evanilso Dias, Dr Pila e José Braga fizeram questão de percorrer todo o trecho onde nasce o eixo norte da transposição até o município de Maurití no Ceará, para saber o que mudou com a contratação do novo consórcio formado pelas empresas PB Construções, Passareli e Construcap, o consórcio foi vencedor do leilão para continuar obras do trecho Salgueiro (PE)/Jati (CE). Preço ofertado: R$ 442 milhões.
Uma obra contra a seca imaginada no século 19 virou realidade, pelo menos em parte, quando um dos dois eixos da transposição foi inaugurado em março deste ano.
O eixo norte tem 260 quilômetros de extensão, saindo de Pernambuco até o estado da Paraíba. As obras do eixo norte começaram em 2007 e deveriam ter sido concluídas em 2015. Em junho do ano passado, a construtora Mendes Junior, responsável até então pelos serviços, alegou incapacidade técnica e financeira para cumprir os dois contratos firmados com a pasta, em junho de 2016.
Com as obras paralisadas, além dos problemas de acesso à água, os moradores estão enfrentando dificuldades de locomoção. Em uma ponte, que começou a ser construída e ligaria os povoados de Pau ferro a Santana, o serviço parou e para conseguir passar parte do canal teve que ser aterrada.
Durante a visita fomos recebidos pelo Engenheiro Civil responsável do Trecho 01 Dr. Enaldo Castro, que fez um relato da situação atual, onde o trecho Cabrobó –Jatí, é de 140 Km,com 15 barragens, e que já estão concluídos 90% das obras. Já está pronta a EB1- Estação de bombeamento , que trabalha com dois conjuntos de bombas liberando 24.6 m3/s , a estação tem 36 metros de altura e bombeia água para o canal alimentando a barragem de Tucutú que tem capacidade de 25 milhões de m3, em seguida a água desce pelo canal até a EB2 que tem uma elevação de 55 metros de altura, em terra nova abastece outras barragens até finalizar na EB3 que tem elevação de 90 metros de altura, e daí desce por gravidade até Jatí no Ceará onde encontra com o CAC - Cinturão das Aguas do Ceará e libera água também através do canal para as barragens de Brejo Santo, Pena Forte, Mauriti CE e Boa Vista em São José de Piranhas na PB.
O que se observou e foi declarado pelo Engenheiro Enaldo Castro , é que há uma determinação do ministro da Integração para essas obras serem entregues até o mês de março no município de Jatí CE, uma cobrança de empresários e lideranças políticas do estado do Ceará, pedindo agilidade na conclusão uma vez que a cidade Fortaleza poderá entrar em colapso em breve. Pelo que a comitiva presenciou ao longo da visita, tem muita coisa a ser feita, as estações de bombeamentos EB2 e EB3 não estão prontas, falta concluir pontes, trecho do canal, pontes, passarelas, aquedutos, enfim é muito trabalho a ser concluído em poucos meses, o que é impossível entregar em março de 2018 essa obra. Em Jatí fomo recepcionados pelo engenheiro civl Dr. Marcos Aurélio, responsável pelo trecho 02 do eixo norte, que tem 98,2% concluido.
Para Dr Pila, representante da FIEP, é preciso que seja elaborado um documento sobre a real situação e entregar aos representantes políticos da paraíba, para que se juntem com o Ceará e Rio Grande do Norte, na luta para agilizar a empresa a contratar mais gente e concluir rápido esse trecho 01 do eixo norte. Segundo levantamento o trecho 02 que compreende Jatí no CE até Boa Vista em São José de Piranhas, a obra está com 98,2%.
Outro fato estranho que não encontramos nos locais visitados no trecho 01, nenhum trabalhador ou máquinas trabalhando, o que entende-se ou a obra está parada, ou trabalhando com o mínimo possível de mão de obra humana.
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