quinta-feira, 14 de junho de 2018

Após 8 meses, família ainda aguarda restos mortais da jovem Victória assassinada em Cajazeiras

14/06/2018


A família da jovem Victória Albuquerque , morta no ano passado no município de Cajazeiras, no Sertão paraibano, a 490 quilômetros de João Pessoa, ainda não teve o direito de enterrar os restos mortais da garota. Victória desapareceu em julho e, no dia 15 de agosto, um agricultor encontrou os ossos que seriam da vítima. O material foi recolhido para perícia, mas nunca devolvido aos familiares, que lamentam não terem oportunidade de dar um enterro digno à jovem.


Em entrevista à imprensa, a mãe de Victória, Verônica Albuquerque, lamentou a demora nos trâmites legais e apelou para o apoio das autoridades, incluindo o governador Ricardo Coutinho (PSB).


“Já que ele decidiu ficar no governo, que ele olhe para o povo. E eu sou esse povo que colocou o senhor no poder. Então, eu tenho o direito de receber os restos mortais da minha filha. Eu faço esse apelo”, disse a mulher.


DNA inconclusivo

Ao Portal, o diretor-geral do Instituto de Perícia Científica (IPC), Israel Aureliano, afirmou que já foram feitos 12 exames de DNA a partir dos restos mortais da jovem e de material genético de familiares, mas todos os exames foram inconclusivos para determinar se os restos mortais são de Victória Albuquerque.


“Nossa dificuldade é que não ainda conseguimos estabelecer ligação genética de DNA entre os retos mortais e o material genético dos familiares. O exame pode dar três resultados: positivo, em caso de material genético sendo da jovem; negativo, caso o material não sendo dela; e inconclusivo, quando não conseguimos definir se o material é ou não dela. Até agora só obtivemos resultado inconclusivo”, disse Israel Aureliano.


Porém, um exame recentemente foi feito com os materiais genéticos disponíveis, mas o resultado pode não ter sido encaminhado para a Polícia Civil.


“Eu sei que tivemos um exame recente desse caso e que o laudo já havia sido dado. Mas, por conta do problema de fechamento do IPC não tenho como afirmar se esse exame foi entregue à Polícia Civil. Iremos entrar em contato com o delegado do caso para verificar a situação”, contou o diretor do IPC.


O Portal  tentou contato com o delegado seccional da Polícia Civil em Cajazeiras, Glauber Fontes, para saber se a delegacia já havia recebido o último exame, mas as ligações não foram atendidas.


O caso

Victória Albuquerque tinha 17 anos quando foi assassinada. Ela esteve desaparecida por cerca de 40 dias. Quando ossos foram encontrados próximo a um açude na Zona Rural de Cajazeiras, junto a peças de roupa e calçados, a mãe de Victória confirmou que aqueles eram os pertences da jovem.








Sertão da Paraíba 

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