Menina prestou depoimento a polícia
Uma estudante de 13 anos, moradora de Ceará-Mirim, na Grande Natal, passou mal no início da semana. Ao ser levada a um posto de saúde, saiu o diagnóstico: ela está grávida de quatro meses.
Segundo o delegado Getúlio Torres, titular da delegacia da cidade, ao ser questionada pela tia sobre quem era o genitor daquele bebê, a garota disse que era o seu próprio pai, um motorista de 45 anos.
Em depoimento à polícia, a jovem revelou que era abusada sexualmente pelo acusado desde os 11 anos. Ele foi preso na noite da última terça-feira, enquanto era interrogado na delegacia, por força de um mandado de prisão preventiva.
O delegado conta que a denúncia foi recebida na Delegacia de Polícia (DP) de Ceará-Mirim na última segunda-feira. A menina prestou a queixa, juntamente com a tia. "O acusado também veio. Dissemos a ele que se tratava de uma denúncia de furto, para ele não suspeitar de alguma coisa e fugir".
Em seu depoimento, a vítima revelou que a situação perdurava até os dias atuais e havia começado desde os seus 11 anos. O motivo alegado por ela para não revelar os abusos era o medo que sentia do pai. "Ela disse à tia que o pai a ameaçara de matá-la com uma faca, caso contasse o abuso a alguém. Tem ainda o fato de ele ter histórico de violência e ser viciado em drogas", explica o delegado.
O titular da DP de Ceará-Mirim também conta que o acusado, durante o interrogatório, negou todo o crime. "Ele disse que nunca faria qualquer coisa desse tipo com a própria filha". Enquanto colhia os depoimentos, na terça-feira, o delegado pediu à Justiça que fosse expedido um mandado de prisão preventiva contra o pai da garota, o que aconteceu à noite. Ele foi então encaminhado para o Centro de Detenção Provisória de Pirangi, Zona Sul de Natal, onde permanece detido.
Ainda conforme Getúlio Torres, o pai da garota chegou a cumprir pena por ter cometido uma agressão contra a própria esposa (mãe da vítima do abuso), fato que a levou à morte.
"Não estou por dentro desse caso, porque foi em1999". O delegado diz que pedirá exames de corpo de delito, psicológico e de DNA para a vítima, no intuito de confirmar o crime. O motorista responderá pela acusação de estupro de vulnerável. "A Justiça também decidirá, se for da vontade da menina e da família, sobre a continuação da gestação, dependendo do que disserem os médicos que vão examiná-la".
Fonte: Eduardo Silva e Folha do Sertão
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