quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Aneel admite falha humana em apagão que deixou a Paraíba sem energia elétrica

31/10/2012


 O diretor-geral da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), Nelson Hubner, admitiu, nesta terça-feira (30), que houve falha humana no episódio da última sexta-feira, o apagão que deixou Estados da região Norte e Nordeste sem energia por mais de quatro horas.

"Não acredito que tenha sido intencional, mas houve falha humana", disse.


Segundo Hubner, essas falhas "não podem acontecer".

"Isso precisa ser corrigido. Houve falha na programação do equipamento. Temos que coibir que falhas como essas possam acontecer", completou.

ENTENDA O CASO

Na última semana, o sistema de proteção da linha de transmissão Colinas-Imperatriz não funcionou e, por isso, se propagou para uma área tão extensa.

O apagão no Norte e Nordeste do país multiplicou transtornos pelas áreas atingidas, com cidades inteiras sem água, hospitais à meia-luz, calotes em bares, comida perdida, incêndios e até assaltos com isqueiros.

No Ceará às escuras, o caso que exigiu mais atenção foi o de um bebê de 33 semanas internado em UTI neonatal em Juazeiro do Norte.

O gerador do Hospital São Lucas teve problemas e não funcionou. O bebê foi transferido para outra unidade. Em Pernambuco, o blecaute danificou equipamentos e paralisou o abastecimento de água em todas as regiões.

Floresta, no sertão, e Pombos, no agreste, ainda estavam sem uma gota de água na tarde de ontem. Gravatá, também no agreste, teve queda de 70% no fornecimento.




Na Grande Recife, 17 localidades foram prejudicada. Quinze horas depois do blecaute, moradores de Recife ainda reclamavam da falta de energia em suas casas. Moradores perderam eletrodomésticos e alimentos perecíveis.

No Hospital da Restauração, maior emergência de Pernambuco, unidade de trauma e setores administrativos ficaram às escuras por cerca de duas horas porque um dos três geradores não funcionou. A enfermaria funcionou à meia-luz. Dois pacientes que respiravam com ajuda de aparelhos tiveram que ser transferidos para outro andar.




Folha 

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