segunda-feira, 10 de junho de 2013

Com boa atuação do paraibano Hulk, Brasil vence França e chega leve à Copa das Confederações

10/06/2013

Com três gols, a seleção brasileira venceu a França, quebrou um duplo tabu e chegou mais leve para disputar a Copa das Confederações. Em Porto Alegre, na Arena do Grêmio, o Brasil fez 3 a 0, com Oscar, Hernanes e Lucas, e derrubou a sina não vencer os franceses há mais de 20 anos. Além disso, conseguiu ganhar de um campeão mundial após mais de três anos de jejum.

A vitória aconteceu no último teste de Luiz Felipe Scolari para a Copa das Confederações, que começa no próximo sábado. O Brasil enfrentará o Japão. Em um jogo onde dominou, buscou mais a vitória que o rival, mas esteve longe de encantar os mais de 50 mil torcedores que foram ao estádio gremista, o time foi apoiado durante a maior parte dos 90 minutos.

A seleção brasileira começou o jogo tentando pressionar o rival na saída de bola. Fred, Hulk e até mesmo Neymar marcavam os franceses. O primeiro lance do principal astro da seleção foi justamente uma roubada de bola, quando o goleiro Lloris tentou sair jogando e perdeu para o atacante do Barcelona fora da área. A bola seguiu para Marcelo, que não conseguiu dar sequência ao lance.

Quando tinha a bola o Brasil avançava com um quarteto na frente. Fred era o único que se mantinha todo tempo centralizado, próximo à área. Neymar começou pela direita, depois passou a maior parte do primeiro tempo atacando pelo lado esquerdo.

As principais jogadas ofensivas, porém, não começavam nos pés do atacante do Barcelona. "Patinho feio" do time, vaiado no último jogo no Maracanã, Hulk era o destaque do Brasil na frente. Pelo lado direito conseguia levar perigo aos franceses.

Aos 19 minutos, tentou um chute forte com a pé esquerdo de fora da área. A bola passou longe do gol. Dez minutos depois, mostrou porque era o melhor do time de Felipão em campo. Em boa jogada pela esquerda, entrou na área, se livrou do marcado e cruzou forte. A bola ainda foi interceptada por Sakho.

No meio do primeiro tempo, os franceses conseguiram anular as tentativas de criação do Brasil. Com um time compactado, impediam jogadas criadas pelo meio campo brasileiro. Oscar era quem mais sofria. O meia chegou a ser deslocado para a direita e depois para a esquerda, ainda no primeiro tempo, alternando posicionamento com Hulk e Neymar.

Quando tinha a bola, a França buscava sair com velocidade. E assim chegava à área brasileira com lançamentos para Benzema ou chutes de longe.

Os dois times voltaram ao segundo tempo sem alterações para o segundo tempo, mas o jogo começou mais aberto. O Brasil quase abriu o placar no primeiro minuto, após troca de passes no ataque. Fred tocou para Hulk que chutou forte para fora.

Logo depois, foi a vez dos franceses assustarem o Brasil. Numa jogada de velocidade, Cabaye chegou próximo à área e chutou forte. A bola passou perto do gol de Júlio César.

Apesar do placar zerado, os torcedores apoiavam o Brasil. Vaias não eram ouvidas, fato raro no histórico recente da seleção. O público fazia apenas alguns pedidos ao treinador. Fernando, volante do Grêmio que estava no banco de reservas, tinha seu nome gritado constantemente. Lucas também era lembrado.

Em campo, o time de Felipão mostrava disposição e chegava ao ataque. Numa jogada que começou com um desarme de Luiz Gustavo, Fred cruzou para Oscar marcar o gol da vitória brasileira. 

Com o placar adverso, os franceses mantinham o mesmo estilo de jogo, de forte marcação no meio campo e saídas rápidas para o ataque. O lance mais perigoso dos rivais do Brasil, porém, surgiu numa bola pela lateral cruzada por Valbuena. David Luiz tentou cortar e, por pouco, não marca contra.

Receoso quanto aos ataques franceses, Felipão mudou a equipe. Hulk e Oscar saíram para as entradas de Lucas e Fernando. Vencendo, o técnico armou um time com três volantes, com o gremista sendo o mais recuado. Com um time ainda mais guarnecido, o Brasil deixava a França tocar a bola no meio campo, mas dificilmente era atacado no seu campo de defesa.

O Brasil ainda conseguiu ampliar o placar nos minutos finais. Em jogada de contra-ataque, Lucas tocou na área para Neymar. O camisa 10 deu a bola para Hernanes que chutou forte para o gol. Nos acréscimos, Marcelo fez jogada individual e sofreu pênalti. Lucas bateu com categoria. Agora, o fim do tabu já era uma certeza.

BRASIL X FRANÇA

LOCAL: Arena do Grêmio, em Porto Alegre ÁRBITRO: Victor Carrillo, auxiliado por Jonny Bossio e Cesar Escano BRASIL: Julio Cesar, Daniel Alves, Thiago Silva, David Luiz, Marcelo, Luiz Gustavo (Hernanes), Paulinho (Dante), Oscar (Fernando), Hulk (Lucas), Neymar e Fred (Jô). Técnico: Luiz Felipe Scolari FRANÇA: Llorris; Debuchy, Rami, Sakho e Mathieu; Matuidi (Grenier), Cabaye (Gomis), Payet e Guilavogui; Benzema (Giroud) e Valbuena (Lacazette). Técnico: Didier Deschamps Gols: Oscar (BRA/8' do 2º tempo), Hernanes (BRA/39' do 2º tempo) e Lucas (BRA/46' do 2º tempo). Cartão amarelo: David Luiz (29'/1º tempo) Público e renda: 51.919 pessoas / R$ 6.833.515,00

UOL

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