terça-feira, 2 de julho de 2013

Dilma Rousseff diz que prioridade do governo é aumentar número de médicos

02/07/2013

Durante o programa semanal Café com a Presidenta exibido nesta segunda-feira, a presidenta Dilma Rousseff falou sobre o pacto pela saúde, firmado recentemente com governadores e prefeitos de todo o país. Segundo Dilma, com o Pacto da Saúde será possível acelerar os investimentos na construção e ampliação de hospitais, postos de saúde e de UPAs, que são as chamadas Unidades de Pronto Atendimento. Mas, a presidenta reforçou que para que tudo isso funcione direito, o Brasil precisa de mais médicos, especialmente nas regiões mais pobres do país, nas periferias das grandes cidades e no Norte e no Nordeste do país, onde há mais carência de médicos. Além disso, a presidenta destacou as medidas que o governo vem tomando para valorizar o médico brasileiro.
"No meu governo já criamos mais 2.400 vagas nos cursos de medicina e estamos aumentando ainda mais as oportunidades para os jovens que querem estudar medicina ou fazer uma especialização. Nós vamos criar, até 2017, mais 11.447 vagas de graduação e 12.376 vagas de residência médica para estudantes brasileiros."
  A presidenta lembrou que são necessários seis anos para se formar um médico, e como faltam médicos no Brasil, será preciso milhares de médicos somente para as novas UBSs e as novas Unidades de Pronto Atendimento que estão em construção. Por isso, Dilma diz que o governo está ampliando o esforço de convocação de novos médicos brasileiros formados no Brasil e, também, na ausência desses médicos brasileiros, médicos estrangeiros serão chamados para, provisoriamente, ocuparem essas vagas. A presidenta Dilma lembra que os médicos brasileiros terão prioridade e que os estrangeiros só vão preencher as vagas que não forem ocupadas por brasileiros.
"Vamos autorizar a vinda de médicos estrangeiros somente para aqueles lugares onde os médicos brasileiros não se candidatarem, e isso em caráter temporário. Recebemos o apoio unânime dos governadores e dos prefeitos. Quero ressaltar que somente serão aceitos médicos bem formados, que falem e entendam bem o nosso idioma, e eles serão acompanhados e fiscalizados pelo Ministério da Saúde, pelas faculdades de medicina das universidades federais e pelas secretarias estaduais e municipais de Saúde." 
A presidenta Dilma Rousseff disse ainda que o Brasil tem menos médicos por habitante, por exemplo, que Argentina, Uruguai, Portugal e Espanha. Dilma diz também que o Brasil é hoje um dos países do mundo que menos emprega médico estrangeiro e cita como exemplo a Inglaterra, onde 37% dos médicos que trabalham lá se formaram no exterior. Nos Estados Unidos, são 25%, e na Austrália, 22%. Enquanto no Brasil há apenas 1,79% de médicos que se graduaram fora do Brasil.
Reportagem, Hortência Guedes


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