Durante o programa
semanal Café com a Presidenta exibido nesta segunda-feira, a presidenta Dilma
Rousseff falou sobre o pacto pela saúde, firmado recentemente com governadores
e prefeitos de todo o país. Segundo Dilma, com o Pacto da Saúde será possível acelerar
os investimentos na construção e ampliação de hospitais, postos de saúde e de
UPAs, que são as chamadas Unidades de Pronto Atendimento. Mas, a presidenta
reforçou que para que tudo isso funcione direito, o Brasil precisa de mais
médicos, especialmente nas regiões mais pobres do país, nas periferias das
grandes cidades e no Norte e no Nordeste do país, onde há mais carência de
médicos. Além disso, a presidenta destacou as medidas que o governo vem tomando
para valorizar o médico brasileiro.
"No meu governo
já criamos mais 2.400 vagas nos cursos de medicina e estamos aumentando ainda
mais as oportunidades para os jovens que querem estudar medicina ou fazer uma
especialização. Nós vamos criar, até 2017, mais 11.447 vagas de graduação e
12.376 vagas de residência médica para estudantes brasileiros."
A presidenta lembrou que são necessários
seis anos para se formar um médico, e como faltam médicos no Brasil, será
preciso milhares de médicos somente para as novas UBSs e as novas Unidades de
Pronto Atendimento que estão em construção. Por isso, Dilma diz que o governo
está ampliando o esforço de convocação de novos médicos brasileiros formados no
Brasil e, também, na ausência desses médicos brasileiros, médicos estrangeiros
serão chamados para, provisoriamente, ocuparem essas vagas. A presidenta Dilma
lembra que os médicos brasileiros terão prioridade e que os estrangeiros só vão
preencher as vagas que não forem ocupadas por brasileiros.
"Vamos autorizar
a vinda de médicos estrangeiros somente para aqueles lugares onde os médicos
brasileiros não se candidatarem, e isso em caráter temporário. Recebemos o
apoio unânime dos governadores e dos prefeitos. Quero ressaltar que somente
serão aceitos médicos bem formados, que falem e entendam bem o nosso idioma, e
eles serão acompanhados e fiscalizados pelo Ministério da Saúde, pelas
faculdades de medicina das universidades federais e pelas secretarias estaduais
e municipais de Saúde."
A presidenta Dilma
Rousseff disse ainda que o Brasil tem menos médicos por habitante, por exemplo,
que Argentina, Uruguai, Portugal e Espanha. Dilma diz também que o Brasil é
hoje um dos países do mundo que menos emprega médico estrangeiro e cita como
exemplo a Inglaterra, onde 37% dos médicos que trabalham lá se formaram no
exterior. Nos Estados Unidos, são 25%, e na Austrália, 22%. Enquanto no Brasil
há apenas 1,79% de médicos que se graduaram fora do Brasil.
Reportagem, Hortência
Guedes
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