quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

61 cidades da PB não têm plano de combate à dengue

22/01/2014

Francisco França
Falta do planejamento prejudica o controle dos casos que estão aumentando na Paraíba
Dos 223 municípios paraibanos, 61 ainda não elaboraram o plano de combate à dengue. O documento, que detalha as ações que os governos pretendem adotar ao longo de 2014 para evitar novas vítimas da doença, deveria ter sido entregue à Secretaria de Estado da Saúde (SES) desde novembro do ano passado.


No entanto, passados quase dois meses, 27,3% das cidades da Paraíba ainda não informaram como vão enfrentar, nos próximos 11 meses, os malefícios causados pelo Aedes aegypti. A falta desse planejamento prejudica o controle dos casos que estão aumentando na Paraíba. Só em 2013,o Estado teve 17.305 notificações. O número é 52,4% maior em relação aos 11.352 registros de 2012.

A gerente executiva de Vigilância em Saúde da Secretaria de Estado da Saúde, Talita Tavares, explica que o governo estadual faz o monitoramento das ações municipais a partir das informações contidas nos planos. Nos planejamentos, as prefeituras devem informar, entre outros dados, a quantidade de diagnósticos que tiveram ao longo de 2013 e quais as ações de combate e prevenção da doença. Para isso, precisam detalhar se irão melhorar os serviços de saúde, promover atividades educativas em escolas e junto às comunidades, além de executar obras de infraestrutura para eliminar ambientes que podem acondicionar água e servir de foco para o mosquito causador da doença.

“Mesmo alguns municípios não tendo encaminhando esses planos para que a Secretaria de Estado da Saúde possa fazer o acompanhamento e monitoramento, o Governo do Estado fez uma recomendação a todos os municípios para que eles elaborem o LIRAa (Levantamento Rápido do Índice de Infestação por Aedes aegypti)”, afirmou.

De acordo com a gestora, o LIRAa é uma pesquisa rápida feita por amostragem que indica quais os pontos mais vulneráveis da cidade que podem apresentar focos do mosquito. Esse estudo precisa ser feito e enviado à SES até o final deste mês.

É com base nessas informações que o Estado vai definir quais as cidades receberão atenção com prioridade. “Com o LIRAa, podemos saber onde existem larvas e quais regiões mais vulneráveis do Estado. A partir disso, podemos definir as ações apropriadas a cada caso. Retirada de focos, eliminação de lixo, vedação de caixas de água descobertas são algumas medidas que precisam ser feitas”, declarou


“É importante que essa análise já tivesse sido concluída desde o final de 2013. Por isso, era interessante que todos os municípios já tivessem encaminhados seus planos de contingência, mas o Estado vai elaborar as estratégias a partir do que for informado pelo LIRAa”, acrescentou.

Jornal da Paraiba

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