Um estudo realizado pelo Ministério da Saúde revela que 612 Municípios brasileiros estão em estado de alerta para a dengue. A doença é causada por vírus transmitidos pelos mosquitos do tipo Aedes aegypti. Elaborado em conjunto com Estados e Municípios, o Levantamento Rápido do Índice de Infestação pelo Aedes aegypti(LIRAa) foi realizado em outubro deste ano.
Dados atualizados na última sexta-feira, 14 de novembro, mostram que do total de 1.737 Municípios que responderam, 135 se encontram em situação de risco para a ocorrência de epidemias de dengue, 612 estão em estado de alerta e 990 cidades apresentam índice satisfatório.
A pesquisa serve de instrumento para nortear ações de controle da dengue e auxilia os gestores locais de saúde na construção de estratégias preventivas. Com base nas informações pesquisadas, é criado um mapa da dengue que retrata as áreas de maior incidência e, portanto, exigem mais atenção.
Levantamento
De acordo com o levantamento, é considerado em situação de risco o Município que apresenta larvas de mosquitos em mais de 3,9% dos imóveis pesquisados. São classificados como estado de alerta quando menos de 3,9% dos imóveis pesquisados têm larvas do mosquito, e satisfatório quando o índice está abaixo de 1% de larvas do Aedes aegypti.
Rio Branco, no Acre, é única capital em situação de risco. Entretanto, 13 cidades apresentam situação de alerta. São elas: Boa Vista, Palmas, Salvador, Porto Alegre, Cuiabá, Vitória, Maceió, Natal, Recife, São Luís, Aracaju, Belém e Porto Velho. Outras 11 estão com índices satisfatórios: Curitiba, Florianópolis, Brasília, Campo Grande, Goiânia, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo, Macapá, Teresina e João Pessoa.
Apenas Manaus e Fortaleza ainda não apresentaram ao Ministério da Saúde os resultados do LIRAa. O órgão continua recebendo as informações dos estados.
Esforço duplo
As ações de prevenção constituem importante ferramenta de combate não apenas à dengue, como também à febre chikungunya. Ambas doenças são causadas por vírus transmitidos pelos mosquitos da espécie Aedes, sendo o Aedes aegypti o principal agente.
É o que explica o ministro da Saúde, Arthur Chioro: "as medidas de enfrentamento e prevenção das duas doenças são as mesmas. Temos de intensificar estas ações e prestar bem a atenção nas informações que o LIRAa nos revela. Trata-se de uma ferramenta muito potente que nos dá informações importantes”.
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