19/01/2015
Tia do brasileiro acompanhou procedimento com vice-cônsul da embaixada em Jacarta; não há data para ela voltar ao Brasil
Marco Archer Cardoso Moreira, 53, fuzilado na madrugada deste domingo (18) na Indonésia, teve o corpo cremado quatro horas após sua morte. As informações são do Ministério das Relações Exteriores do Brasil.
O brasileiro havia sido condenado à morte por tráfico de drogas em 2004, um ano após ter sido preso depois de tentar entrar na Indonésia com 13,4 quilos de cocaína escondidos em uma asa-delta. Ele foi executado as 15h31 (horário de Brasília) de sábado por um pelotão de fuzilamento composto por 12 atiradores.
Constatada a morte, o corpo de Moreira passou por limpeza e depois, pela equipe de embalsamamento. Cerca de três horas após a morte, os restos mortais do brasileiro foram reconhecidos pela vice-cônsul da embaixada do Brasil em Jacarta e conduzido ao crematório.
Quem acompanhou o cortejo no país Maria de Lourdes Archer Pinto, tia do brasileiro. Na segunda (19), é ela quem deve voltar para a capital indonésia com as cinzas e certificado de óbito para depois marcar a data e retornar ao Brasil com os restos mortais do sobrinho.
Respeito
Após afastar os apelos de clemência de líderes mundiais sobre a execução de estrangeiros por tráfico de drogas, a Indonésia pediu neste domingo respeito pelas suas leis e afirmou não irá comprometer sua abordagem ao combate dos narcóticos por causa das críticas.
"Podemos entender a reação do mundo e dos países cujos cidadãos foram executados. Mas cada um deve respeitar as leis que se aplicam em nosso país", disse o procurador-geral da Indonésia, Muhammad Prasetyo, ao jornal "The Jakarta Globe".
Chanceler: "Fuzilamento provoca sombra na relação entre Brasil e Indonésia"
Os corpos do brasileiro Marco Archer Cardoso Moreira, 53, Namaona Denis, 48, de Malawi; Daniel Enemuo, 38, da Nigéria, do indonésio Rani Andriani e de um holandês foram levados para ilha por ambulâncias na manhã de domingo para serem enterrados ou cremados, conforme solicitação de familiares e representantes de suas embaixadas.
A Anistia Internacional disse que as primeiras execuções sob a liderança do novo presidente, que tomou posse em novembro, foram "um passo para trás" para os direitos humanos.
ultimosegundo
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