O governo do Japão considerou “muito provável” que o vídeo publicado na internet pelo Estado Islâmico mostrando o corpo decapitado do jornalista japonês Kenji Goto seja autêntico, disse neste domingo (1º)o ministro porta-voz, Yoshihide Suga.
Ao ser perguntado em entrevista coletiva se o Executivo considera que o corpo decapitado que aparece nas imagens é o de Goto, Suga declarou que, “levando em conta a análise realizada pela equipe científica da Agência Nacional de Polícia, é muito provável que seja autêntico”.
Suga insistiu também em que o Executivo não teve contato direto com o EI, que exigia a libertação da extremista iraquiana Sajida al Rishawi, condenada à morte na Jordânia, em troca de entregar Goto, detido desde outubro, e o piloto jordaniano Moaz Kasasbeh, em poder do EI na Síria desde dezembro.
Vítima
Kenji Goto é um jornalista freelancer de 47 anos que havia deixado ano passado o Japão, onde tem uma mulher chamada Rinko e uma filha de três anos.
Em outubro de 2014, ele foi capturado pelo grupo extremista enquanto fazia uma viagem à Siria para procurar outro cidadão japonês, Haruna Yukawa, que foi executado no sábado passado.
Tragédia anunciada
Na última quarta-feira (28), a mãe do jornalista Kenji Goto havia feito um apelo às autoridades do Japão para que não deixassem o seu filho morrer nas mãos do Estado Islâmico. O pedido ocorreu após a divulgação de um vídeo no qual o grupo jihadista ameaçava matá-lo se a Jordânia não libertasse uma extremista.
A mãe do jornalista, por sinal, compareceu em várias ocasiões perante os meios de comunicação para pedir a libertação de seu filho.
Goto é o segundo refém japonês morto pelos extremistas islâmicos neste ano. No último sábado, o grupo jihadista anunciou a execução do refém japonês Haruna Yukawa, de 42 anos, que viajara à Síria, aparentemente, para montar uma empresa de segurança, mas acabara se juntando a um grupo rebelde sírio.
Na ocasião, o primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, afirmou que “Japão nunca se vai se dobrar perante os terroristas”.
— O Japão vai continuar contribuindo com a luta da comunidade internacional a favor da paz e contra do terrorismo.
r7
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