Terminou em tumulto a audiência pública realizada nesta terça-feira (24) na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da Câmara dos Deputados que discutia a PEC 171, que prevê a redução da maioridade penal. A reunião foi encerrada após os deputados Alessandro Molon (PT-RJ) e Laerte Bessa (PR-DF) discutirem com dedos em riste e serem separados por outros parlamentares. Ao final da reunião, deputados da bancada da bala precisaram ser escoltados por seguranças em razão das manifestações contra a medida.
A sessão que discutia a admissibilidade da PEC 171 foi marcada por tensão desde o início. Dezenas de manifestantes contrários ao projeto lotaram as galerias do plenário em que a reunião estava sendo realizada. Foi preciso que um outro plenário fosse disponibilizado para que os demais manifestantes assistissem à sessão.
Dois advogados convocados pela comissão apresentaram seus pontos de vista em relação ao projeto e, após a apresentação, os parlamentares passaram a se pronunciar. A cada manifestação a favor da redução da maioridade penal, os manifestantes protestavam com vaias ou salvas de palmas.
O presidente da comissão, Artur Lira (PP-AL), chegou a anunciar que mandaria a Polícia Legislativa esvaziar a galeria para que a sessão prosseguisse, mas recuou e determinou que a reunião continuasse.
O ponto mais tenso da sessão aconteceu quando o deputado Bessa se pronunciava e foi interrompido pelo deputado Vitor Valim (PMDB-CE).
O deputado Alessandro Molon (PT-RJ), que havia se inscrito para falar em seguida, pediu a palavra. Irritado, Bessa se levantou e foi em direção a Molon, que também se levantou. Os dois discutiram fora do alcance dos microfones. A sessão foi interrompida e os dois foram separados por parlamentares e seguranças.
Após a discussão, o presidente da CCJ determinou o fim da sessão.
Escolta
Na saída da sessão, deputados da bancada da bala precisaram ser escoltados por policiais da Câmara para deixar o plenário. Dezenas de manifestantes gritavam palavras de ordem contra os parlamentares. Entre eles estavam os deputados federal Major Olímpio (PDT-SP) e Éder Mauro (PSD-PA).
Éder Mauro era um dos mais exaltados na saída da comissão. "Tenho certeza que o resultado final da sessão seria a vontade do povo brasileiro que é a redução da maioridade penal", disse o deputado que é um dos integrantes da Frente Parlamentar da Segurança Pública.
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