O ministro da Integração Nacional, Gilberto Occhi, informou uma nova data para a conclusão das obras de transposição do Rio São Francisco.
“A partir do segundo semestre (deste ano) começaremos a entregar quilômetros dessa obra e até o final de 2016 vamos entregá-la por inteiro”, assinalou.
Obra teve início em 2007
O ministro chama a atenção para adutoras que se ramificam a partir da transposição, como o ramal do agreste, que vai levar água para praticamente todo o Estado de Pernambuco.
— O projeto prevê a construção de um canal de 75 quilômetros de extensão, com INVESTIMENTOS de R$ 1,1 bilhão. Estamos em fase de contratação dessa obra, que será feita pelo modelo do Regime de Contratação Integrada (RDC). A licitação sai em março — promete.
Uma das obras mais polêmicas do governo de Luiz Inácio Lula da Silva, a transposição teve início em 2007, depois de enfrentar manifestações de organizações ambientais, movimentos sociais e até greve de fome. Com apoio do comando de engenharia do Exército, o ex-presidente Lula conseguiu tocar as obras iniciais da transposição. O problema é que as obras se concentraram no mais fácil: a construção dos longos canais de concreto.
Ficaram de lado, e por vários anos, as obras das estações de bombeamento de água, estruturas complexas e caras para bombear a água do rio entre os vários reservatórios da transposição. Esse descompasso causou prejuízos milionários, exigindo que as estruturas dos canais tivessem de passar por constante manutenção, sem nunca terem sido utilizadas.
Em meio aos atrasos, e mergulhada em dezenas de aditivos contratuais, a transposição viu seu orçamento saltar dos R$ 4,7 bilhões inicialmente previstos, para R$ 8,2 bilhões. É hoje a obra mais cara do país tocada com recursos exclusivos da União.
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