quinta-feira, 23 de julho de 2015

Prefeitos têm até 10 de agosto para aderir ao programa de construção de barragens subterrâneas

23/07/2015

Os prefeitos de municípios paraibanos que se encontram em situação de emergência devem efetuar adesão ao programa estadual de barragens subterrâneas até o próximo dia 10 de agosto, quando termina o prazo de inscrição.

O programa faz parte do Plano Emergencial de Enfrentamento à Estiagem anunciado pelo governador Ricardo Coutinho em junho.

Nessa quarta-feira (22) foi realizada na cidade de Bananeiras a última das cinco reuniões realizadas pelo Governo do Estado para capacitar prefeitos, secretários municipais de agricultura, agricultores familiares, estudantes e técnicos para a implantação do programa estadual de barragens subterrâneas. Neste mês já foram realizadas reuniões em Campina Grande, Sumé, Patos, Sousa com o mesmo objetivo.

O Governo do Estado, em parceria com as prefeituras, vai construir duas mil barragens que beneficiarão mais de 50 mil agricultores familiares paraibanos. A implantação das barragens subterrâneas vai ser operacionalizada pela Secretaria de Estado da Agricultura Familiar e do Desenvolvimento do Semiárido (Seafds).

A adesão das prefeituras ao Plano Emergencial de Enfrentamento à Estiagem como condição de acesso às barragens é necessária porque vincula sua contrapartida nas obras, através da utilização das máquinas fornecidas pelo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).

“Mostramos que os custos para as prefeituras como para o Estado são mínimos e os efeitos são de inclusão produtiva para as mais de duas mil famílias que serão beneficiadas com as barragens subterrâneas. Cada prefeitura gastará em média de seis a oito horas de máquinas, o que gera cerca de R$ 200 em combustível e o Governo entrará com aproximadamente R$ 3 mil para cada barragem”, afirmou o secretário da Agricultura Familiar e do Desenvolvimento do Semiárido, Lenildo Morais, destacando ainda que até o momento mais de 70 prefeituras já aderiram ao programa através do portal da Secretaria de Articulação Municipal.

Dentre os prefeitos presentes ao evento estiveram os de Nova Floresta, João Elias; Caserengue, Luis Carlos; o vice-prefeito de Tacima, Bilac Soares; e os secretários de agricultura de Arara, José Cláudio; Bananeiras, Marcilio Lourenço; Caserengue, Raniery; Damião, Raimundo de Azevedo; Frei Martinho, Isabeli Cristina; Lagoa de Dentro, João Pedro da Silva; Nova Floresta, Ademir Cordeiro; Pedro Régis, José Aguinaldo; Picuí, Karkon; Remígio, Isabel Cristina; Serra da Raiz, Edson Míguel e de Solânea, Walnir de Meneses.

O prefeito de Bananeiras, Douglas Lucena, representando os demais, parabenizou os presentes na pessoa do secretário de Estado, Lenildo Morais, e fez um alerta para que os governantes não se enganem com o verde da vegetação do Brejo, pois a falta de água já afeta toda a região.

“Nossa cidade vive uma crise no abastecimento, mas essa não é uma realidade só nossa e sim de toda a região. A estiagem, que é uma realidade vivida por muitos paraibanos, é muito mais incisiva na nossa região, pois nunca precisamos nos preocupar com a falta de água. Muitos moradores de Bananeiras nem caixa de água tinham em virtude de nunca ter nos faltado água nas torneiras, por isso essa reunião é fundamental para nos adaptarmos a essa nova realidade”, afirmou Douglas Lucena.

Programa Viva Água -  Em junho, o governador Ricardo Coutinho anunciou investimento de mais de R$ 133 milhões, por meio do Plano Emergencial de Enfrentamento à Estiagem (Programa Viva Água). Desse montante, R$ 80 milhões correspondem aos recursos do Estado e R$ 53 milhões são oriundos do Governo Federal.

Barragem subterrânea - Barragem subterrânea é uma tecnologia que permite armazenar água no subsolo, sendo usada para ajudar na produção, principalmente no período de estiagem. Deve ser construída nos períodos em que o nível da água subterrânea estiver mais baixo. Após a identificação do local adequado à construção, é feita uma abertura transversal ao leito de um riacho. Esta abertura pode ser feita de forma manual ou mecânica (retroescavadeira). Em seguida é colocado material impermeável (argila, lona plástica etc.), de modo que venha impedir o fluxo natural da água subterrânea. Concluída a obra, a vala é totalmente preenchida com o próprio material que foi retirado.

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