18/04/2017
A presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Cármen
Lúcia, e o relator da Operação Lava Jato na Corte, Edson Fachin, acertaram
nesta segunda-feira (17) criar um “grupo de assessoria especializada” para
reforçar a equipe de funcionários que analisa as investigações do caso.
O objetivo é dar prioridade e
celeridade às dezenas de inquéritos e ações penais ligadas ao escândalo da
Petrobras e agora avolumadas com as novas investigações abertas a partir da
delação da Odebrecht.
Ainda não estão definidos quantos e
quais novos servidores serão alocados no gabinete de Fachin, que hoje conta com
apenas três juízes auxiliares para cuidar de todo o estoque de processos do
gabinete.
O volume de processos na Lava Jato,
concentrada no gabinete de Fachin, triplicou com a delação da Odebrecht.
Antes, eram cinco ações penais e 37 inquéritos em andamento na Corte.
Com as 76 novas investigações abertas
com base nos depoimentos de ex-executivos do grupo, o STF passou a ter 113
inquéritos e mais cinco ações penais ligadas ao caso. No total, 195 pessoas são
alvo dos processos.
Cármen Lúcia e Edson Fachin se
reuniram por cerca de duas horas no final da manhã desta segunda na sala-cofre
do STF onde estavam guardados, em sigilo, os inquéritos, provas e vídeos
ligados à delação da Odebrecht.
Todo o material foi enviado, também
nesta segunda, de volta à Procuradoria Geral da República (PGR), a quem cabe
tocar as investigações junto com a Polícia Federal.
Ao abrir os inquéritos, Fachin também
autorizou os investigadores a realizarem centenas de diligências, que incluem
coleta de novos depoimentos, dados de acesso a edifícios e outras providências
para coleta de prova.
O ministro também intimou a defesa de
dois deputados – Beto Mansur (PRB-SP) e João Paulo Papa (PSDB-SP) – da abertura
de inquéritos sobre eles. Como eles tramitam sob sigilo, as informações
contidas nos pedidos de investigação ainda não vieram a público.
G1
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