25.08.2020
Faleceu nesta segunda-feira (24), aos 82 anos de idade, o poeta Pedro Bandeira. Ele morreu em casa, na cidade de Juazeiro do Norte, deixando esposa e duas filhas. O poeta já convivia com a doença de Parkinson há cerca de 20 anos e isso debilitou sua saúde.
Conhecido por ser cantador profissional, cordelista e escritor. Em 2018, para celebrar os 80 anos de vida dele, a Vila da Música do Crato criou a “Semana Cultural Pedro Bandeira”.
Em 2019, recebeu a Comenda Patativa do Assaré, condecoração que é dada a personalidades, artistas, poetas, cantadores e pesquisadores que se destacaram por suas relevantes contribuições à Cultura Popular Tradicional.
Era licenciado em Letras Clássicas pela Faculdade de Filosofia do Crato, bacharel em Direito pela Faculdade de Direito do Crato, e bacharel em Teologia pela Universidade Vale do Acaraú.
Recebeu dezenas de diplomas, medalhas de mérito, com quase duas centenas de troféus de 1º lugar em festivais ocorrido em todo o Brasil. Foi radialista profissional, com programas diários em rádio e semanais em televisão. O último programa feito por ele foi na TV Verde Vale.
Foi autor de mais de mil folhetos e centenas de poemas. Publicou muitos livros, gravou muitos LPs e CDs. É fundador da Associação dos Violeiros, Poetas Populares e Folcloristas do Cariri (AVPPFC).
Conhecido como o “príncipe dos poetas populares”, ele cantou para o papa João Paulo II e para outras figuras conhecidas nacionalmente como: os ex-presidentes Castelo Branco, Costa e Silva, João Figueiredo, Fernando Collor e José Sarney.
Pedro Bandeira foi citado e elogiado por Luis Câmara Cascudo, José Américo de Almeida, Jorge Amado, Teo Brandão, Rodolfo Coelho Cavalcante, e tantos outros escritores do Brasil e do exterior.
Foi convidado pelo Dr. José Aparecido para ir a Portugal com o poeta Geraldo Amâncio, onde fez várias apresentações, inclusive no palácio do governo, a convite do presidente da época, Dr. Mário Soares.
Teve músicas gravadas por Luis Gonzaga, Fagner, Luis Vieira, Alcymar Monteiro, Trio Nordestino, entre outros. Foi citado por Padre Antônio Vieira e apresentado ao Brasil pela mãos de Carlos Drummond de Andrade, em crônica publicada no Jornal do Brasil, em 1970, no Rio de Janeiro.
Nasceu dia 01 de maio de 1938, no Sítio Riacho da Boa Vista, em São José de Piranhas na Paraíba. Era neto do cantador nordestino Manoel Galdino Bandeira. Aos 6 anos de idade já fazia versos e aos dezessete, se tornou cantador profissional. Em 1961, se mudou para Juazeiro do Norte, onde teve residência fixa até o último dia de vida.
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