terça-feira, 15 de março de 2022

Movimentos nas últimas horas indicam que Efraim Filho se acertou com Pedro

15.03.2022

Por Josival Pereira


Para onde vai o deputado Efraim Filho (União Brasil)?

O governador João Azevedo tem anunciado que vai tentar encontrar uma forma para manter Efraim e o deputado Aguinaldo Ribeiro (PP) em sua chapa. Ambos querem ser candidatos a senador. O governador vai tentar, mas dificilmente vai lograr êxito. 

O problema é que o deputado Efraim Filho já está decidido. 

Nas últimas horas, tanto aliados de Efraim quanto aliados do deputado Pedro Cunha Lima cantam que os dois grupos políticos já se acertaram para a disputa das eleições deste ano. Assessores chegaram a informar que Efraim faria o anúncio na próxima sexta-feira. 

Anúncio formal da aliança não será. O deputado Pedro Cunha Lima não tem agenda para o dia 17 em João Pessoa. Mas pode ser que Efraim dê declarações afirmando que só aceita a candidatura de senador. 

A ideia seria a de criar um fato para deixar o governador na defensiva. Efraim e aliados estariam incomodados com as declarações do governador João Azevedo nos últimos dias anunciando que vai realizar uma reunião com Aguinaldo e Efraim para tentar um acordo para a formação da chapa. Teria incomodado também a declaração desta segunda-feira afirmando que existem condições de juntar Efraim e Aguinaldo na mesma chapa.

A avaliação de Efraim Filho e seu núcleo político é que essas declarações enfraquecem sua candidatura ao Senado na medida que é mais fácil acreditar que ele vai retirar a postulação em favor de Aguinaldo do que ao contrário.

Outra avaliação é que, nesse compasso de espera, Aguinaldo Ribeiro estaria ganhando tempo para armar uma contraofensiva para desarticular ou criar dificuldades para Efraim Filho. O temor estaria empurrando Efraim novamente para a ofensiva. 

Assim, a ideia do núcleo político de Efraim é que ele mexa em mais uma pedra do tabuleiro, deixando claro que não aceita negociar a retirada de sua candidatura em hipótese alguma. Ainda não anunciaria rompimento nem a aliança com Pedro, mas criaria uma situação que praticamente impediria o governador de apresentar qualquer proposta alternativa. A partir daí o rompimento estaria por um triz, restando saber quem vai precipitar o desfecho.

Pode até ser alarme falso, mas os últimos movimentos de bastidores indicam, fortemente, que Efraim já se acertou com os Cunha Lima. Há até quem lembre a eleição de Efraim pai para o Senado, em 2002, na chapa de Cássio Cunha Lima, e acredite na repetição da história.

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