10.01.2023
Após reunião com governadores e vice-governadores das 27 unidades federativas do país, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) saiu do Palácio do Planalto em caminhada simbólica com autoridades até o Supremo Tribunal Federal (STF).
Lula convocou a reunião após os ataques terroristas na Praça dos Três Poderes, no domingo (8), quando bolsonaristas radicais depredaram o Palácio do Planalto e os prédios do Congresso e do Supremo.
No meio da praça, Lula falou com jornalistas. O presidente disse que o governo "não vai dar trégua" até descobrir quem financiou os atos terroristas.
"Não vamos dar trégua até descobrir quem financiou tudo o que aconteceu neste país", afirmou o presidente.
"O que eles querem é golpe, e golpe não vai ter", completou Lula.
Lula e governadores caminham juntos — Foto: Ueslei Marcelino/Reuters
Discurso
Mais cedo, na reunião, o presidente disse aos governadores que não vai permitir que a democracia escape das mãos e que esse é o único regime que pode possibilitar que todas as pessoas no Brasil possam fazer três refeições por dia.
"Nós não vamos permitir que a democracia escape das nossas mãos, porque é a única chance de a gente garantir que esse povo humilde consiga comer três vezes ao dia, ou ter direito de trabalhar", disse Lula.
Ele também afirmou que as instituições vão investigar e vão chegar até os financiadores dos atos golpistas em Brasília.
Durante a reunião, cinco governadores representando cada uma das regiões do país discursaram em solidariedade aos chefes dos três poderes e reafirmaram o compromisso com a democracia.
Até apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), como a governadora em exercício do Distrito Federal, Celina Leão (PP), e o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), se colocaram à disposição para ajudar na pacificação do país.
Além dos governadores, também participaram ministros do STF, o procurador-geral da República, Augusto Aras, parlamentares e membros do Executivo.
Lula e governadores fazem reunião pela defesa da democracia. — Foto: REUTERS/Ueslei Marcelino
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