sábado, 25 de março de 2023

Deputados tentam prorrogar anistia para partidos que descumpriram cotas de mulheres e negros nas eleições

 25.03.2023


Um grupo de deputados de diversos partidos políticos quer postergar o prazo para que as siglas sejam punidas por descumprirem a cota mínima de recursos para candidaturas de mulheres e negros nas eleições. Ou seja, na prática, trabalham para que a anistia também valha para as eleições do ano passado.

 

Em abril do ano de 2022, o Congresso promulgou uma emenda constitucional para liberar de punição as siglas que não cumpriram a exigência em eleições anteriores. A redação da emenda é clara: a anistia valeria apenas para pleitos anteriores à promulgação – ou seja, até as eleições de 2020.

 

Agora, os parlamentares protocolaram uma nova proposta de emenda à Constituição (PEC). Desta vez, querem que a anistia também tenha validade para o descumprimento de cotas nas eleições de 2022.

 

O texto foi apresentado nesta quarta-feira (22) e conta com 184 assinaturas. Entre os signatários, estão parlamentares de diversos espectros políticos e líderes de oito siglas na Câmara – PL,

 

Republicanos, PSDB, PSB, PDT, PSD, Avante e Podemos –, além dos líderes do governo, José Guimarães (PT-CE), e da oposição, Carlos Jordy (PL-RJ).

 

Segundo a proposta, "não serão aplicadas sanções de qualquer natureza, inclusive de devolução e recolhimento de valores, multa ou suspensão", dos fundos eleitoral e partidário, aos partidos que não destinaram os valores mínimos para mulheres e negros nas eleições de 2022 e anteriores.


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