16.05.2023
A Polícia Federal está investigando um suposto esquema de desvio de gastos milionários envolvendo Michelle Bolsonaro. As mensagens encontradas a partir da quebra do sigilo telemático de Mauro Cid, chefe da Ajudância de Ordens da Presidência, indicam transações suspeitas entre Luís Marcos dos Reis, ajudante de ordens do ex-presidente, e a empresa Cedro Libano Comércio de Madeira e Materiais de Construção, com contratos com o governo federal. Luís dos Reis foi um dos presos na operação Venire, que investiga a inserção fraudulenta de dados no sistema de vacinação do Ministério da Saúde.
A Polícia Federal pediu a quebra dos sigilos bancário, fiscal e telemático de Luís Marcos dos Reis, e a análise das contas mostra várias transações entre ele e a empresa ou pessoas vinculadas a ela. Segundo a PF, até o fim do ano passado ainda não havia sido possível identificar vínculo formal ou informal entre o ajudante de ordens e a empresa para justificar a movimentação financeira.
O assessor de Bolsonaro aparece envolvido nas transações que são investigadas pela PF sob suspeita de desvio de dinheiro da Presidência por meio de Mauro Cid e a pedido de Michelle Bolsonaro. O assessor, segundo a PF, repassou valores para pessoas indicadas pelas assessoras de Michelle. Todas essas transações envolvem o custeio de despesas solicitadas pela ex-primeira dama e sob análise dos investigadores no inquérito das milícias digitais.
Além das transações financeiras, chamou a atenção da PF as informações coletadas sobre a empresa Cedro Libano. A análise das notas de empenho revelou uma disparidade entre o objeto da atividade desempenhada pela empresa Cedro Líbano e o objeto dos contratos que recebeu do governo federal.
MaisPB com Folha de São Paulo
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