06.03.2025
A mídia sulista destaca que o nome do deputado federal Aguinaldo Ribeiro, do Progressistas, atual Líder da Maioria na Câmara, tem chances de vir a ser indicado para a liderança do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no Congresso ou na Câmara. A hipótese ganhou força em meio às discussões sobre a reforma ministerial e a estratégia para fortalecimento da base parlamentar de sustentação do governo, conforme revela a revista “Veja”, acrescentando que outro nome cogitado é o do deputado Isnaldo Bulhões, MDB-AL e líder do MDB na Câmara.
Tanto Aguinaldo quanto Isnaldo são avaliados como políticos moderados e de perfil governista, em condições de estreitar relações entre o Executivo e o Legislativo, num cenário de base fragmentada e descontentamento com a distribuição das emendas parlamentares. Apurou-se que a solução de atrair um parlamentar do Centrão para a liderança do governo agrada, particularmente, ao presidente da Câmara, o deputado paraibano Hugo Motta, do Republicanos, que se dá bem com Isnaldo Bulhões e é sócio de Aguinaldo em negócios. A liderança do governo no Congresso é importante para articulação de propostas e mediação de demandas legislativas, mas ministros de partidos do Centrão ressaltam que a troca planejada deve vir acompanhada de maior autonomia para o novo líder.
A Câmara dos Deputados tem sido o principal foco de impasses para o governo e fontes políticas lembram que em situações semelhantes, como aconteceu no governo do presidente Jair Bolsonaro (PL) mudanças nas lideranças contribuíram para destravar negociações. O presidente Lula passou a dar prioridade às definições a respeito, inclusive, como tática para valorizar líderes petistas que atualmente ocupam postos de relevância no Congresso Nacional. Mas a movimentação já foi deflagrada a partir da saída de Gleisi Hoffmann da presidência nacional do Partido dos Trabalhadores e da sua nomeação para a Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República em substituição a Alexandre Padilha, remanejado para o Ministério da Saúde.
O deputado federal Aguinaldo Ribeiro foi relator do projeto de reforma tributária na Câmara Federal, tendo sido responsável por audiências públicas e por conversas com autoridades como ministros do governo federal, governadores de Estados, empresários, representantes da sociedade, para condensar o relatório final em conjunto com o Senado, onde o relator Eduardo Braga (MDB-AM) colaborou com sugestões e outras propostas também colhidas no diálogo com segmentos do poder e da sociedade civil. O parlamentar paraibano já foi ministro das Cidades no governo da presidente Dilma Rousseff e pareceu desgastado junto ao PT por ter votado pelo impeachment de Dilma quando este foi levado ao Parlamento. Mas o próprio presidente Lula decidiu superar divergências ou ressentimentos em nome do objetivo maior de assegurar a governabilidade. Aguinaldo chegou a ser cogitado para candidato ao Senado em 2022 na chapa do governador João Azevêdo (PSB) mas preferiu pleitear a reeleição à Câmara, indicando o seu sobrinho Lucas, filho da senadora Daniella Ribeiro, do PSD, para a vaga de vice na chapa majoritária.
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