06.03.2025
Controle de um dos maiores corredores comerciais do mundo. A CK Hutchison, conglomerado de Hong Kong, está se desfazendo de sua participação majoritária em portos críticos ao redor do Canal do Panamá.
Quem vai assumir o leme dessa operação é um consórcio liderado pela gigante americana BlackRock. O que está por trás da transação de US$ 23 bi não é apenas dinheiro — mas também geopolítica.
🌍 Contextualizando: A mudança de controle desses portos não é um simples negócio financeiro. São 43 portos espalhados por diferentes países, incluindo os principais terminais em ambos os extremos do Canal do Panamá — Balboa e Cristobal.
Os Estados Unidos, que têm grandes interesses nesse ponto estratégico, já levantaram a preocupação de que a China teria demasiada influência sobre a região. A venda dessas operações parece ter sido, em parte, uma resposta a esse cenário tenso. | ![]() |
Por que isso é importante? Porque o Canal do Panamá não é só um ponto de passagem para mercadorias, é um elo vital para o comércio global. Aproximadamente 70% do tráfego que transita por lá está vinculado aos Estados Unidos.
- O país, que supervisionou a construção do canal no início do século XX, já havia se livrado do controle formal sobre a via aquática em 1999. Mas, como sempre, os olhos continuam atentos.
O consórcio que agora assume inclui não apenas a BlackRock, mas também sua subsidiária Global Infrastructure Partners. Este movimento pode dar aos EUA não apenas o controle de uma infraestrutura estratégica, mas também um novo posicionamento diante das críticas que vinham da administração Trump.
Nenhum comentário:
Postar um comentário