07.04.2025
Há um ditado antigo e de todos conhecido que diz que “quem cala consente”.
Ou seja, quem cala a respeito de algo, é porque com ele concorda, senão o contestaria. Fácil de entender.
O que não se entende, senão como consentimento, é o silêncio tumular de três deputados apontados por outro parlamentar como obstáculos para a concessão de audiência de um governador de estado a um chefe de executivo municipal.
O caso concreto foi trazido a baila em entrevista neste domingo (6) ao programa Trem das Onze, na Rádio Alto Piranhas (Cajazeiras) onde o deputado Júnior Araújo (PSB) disse com todas as letras que os deputados Chico Mendes (PSB), Wilson Filho (Republicanos) e Wilson Santiago (Republicanos) “trabalhavam contra” a concessão de audiência pelo governador João Azevêdo (PSB) à prefeita de Cajazeiras, Corrinha Delfino (PP).
Mais de 24 horas após a revelação, nenhum dos apontados por Araújo como empecilhos do encontro administrativo entre os chefes de executivo estadual e municipal sequer contestou a fala do deputado cajazeirense. Nada. Silêncio tumular sobre o assunto.
“Quem cala consente”, lembram?
E tomando por consentidas as falas de Júnior Araújo ante a ausência de qualquer contestação, vale a pergunta: “por que Chico, Wilson e Santiago não querem que o governador receba a prefeita da 8a. mais populosa cidade e o 9º maior PIB da Paraíba?”
Que interesses teriam eles de se postar contra o encaminhamento de demandas administrativas de Cajazeiras, tendo todos recebidos ao longo de suas vidas parlamentares votos no município?
Estranho esse “jeito de gostar”, não? Eles gostam quando recebem votos, mas não gostam mais a partir daí!
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