13/09/2011
Foi polêmica como prometia. A sessão desta segunda feira (12) da Câmara Municipal de Cajazeiras demonstrou que as disputas para as eleições do ano que vem já começaram e os grupos políticos estão afiados e prontos para o embate.
O requerimento apresentado pelo vereador Raimundinho solicitando afastamento por 122 dias, se transformou num duelo entre situação e oposição que desde o início da sessão, se enfrentaram em debates acalorados.
Logo no início, o vereador Chagas Amaro questionou o presidente Marcos Barros de Sousa sobre o fato do seu companheiro de bancada Raimundinho não ter direito a voto mesmo ainda não tendo sido afastado do cargo.
Marcos por sua vez alegou que caso isso viesse a acontecer, Raimundinho estaria legislando em causa própria o que por lei não é permitido, disse.
Após o pode não pode foi iniciado o debate em plenário. O primeiro a se pronunciar foi o vereador Deusinho, que se limitou ao assunto da CPI contra a renúncia do ex-prefeito Léo Abreu mas dava sinais que não votaria a favor do requerimento de Raimundinho.
Depois foi a vez de Chagas Amaro que procurou demonstrar o tempo todo aos seus colegas de parlamento que o pedido de Raimundinho era garantido pela Constituição Nacional, e chegou a citar algumas injustiças já realizadas pela casa como a cassação do vereador Severino Dantas em outrora.
Usando o plenário, o vereador Nilsinho adiantou seu voto contrário ao requerimento. Já a vereadora Lea Silva, discursou na linha moderada mas sempre dando sinais que votaria contra também, o que se confirmou.
Antes da votação, mais um embate entre os vereadores Chagas Amaro e Marcos Barros foi travado, acirrando cada vez mais o resultado.
No final o gongo suou e cinco vereadores se levantaram como sinal contrário ao afastamento de Raimundinho (Lea, Deusinho, Moacir Menezes, Chico de Bianôr e Nilsinho).
Já Severino Dantas, Chagas Amaro e Lopão permaneceram sentados. O resultado final foi 5×3 e Raimundinho continua na câmara.
Revoltados, diversos moradores do bairro Vila Nova vaiaram a atitude dos vereadores e gritaram o nome de Adriano no auditório Maria do Carmo.
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