terça-feira, 8 de novembro de 2011

Ameaçados de morte, juízes querem reforço na segurança contra pistoleiros envolvidos em briga de famílias na PB

08/11/2011



Uma sessão extraordinária do Pleno do Tribunal de Justiça da Paraíba, realizada na segunda-feira (7), discutiu um plano de segurança para os juízes do Estado. Ficou decidido que o Judiciário vai trabalhar em conjunto com a Secretaria Estadual de Segurança Pública para proteger principalmente os magistrados das cidades do Sertão que dizem estar recebendo ameaças de morte.

Dentre outras medidas, foi determinado um aumento nos investimentos em vigilância física e eletrônica e também reforço policial nos fóruns. A reunião aconteceu na cidade de Catolé do Rocha.

O clima de tensão entre os juízes de Catolé do Rocha e Patos aconteceu depois da realização da operação Laços de Sangue, em setembro, que resultou na prisão de 17 suspeitos de integrar grupos de pistoleiros comandados por famílias rivais. Depois disso, magistrados e delegados da Polícia Civil denunciaram que estariam sendo ameaçados. saiba mais

Além dos integrantes do TJ, a sessão da segunda-feira também contou com a presença de integrantes da cúpula da Segurança estadual que vão atuar diretamente no plano de segurança do Judiciário. Na abertura da sessão, o presidente do TJ, desembargador Abraham Lincoln da Cunha Ramos, ressaltou que o plano visa assegurar o bom funcionamento dos trabalhos jurisdicionais e a segurança dos operadores do Direito, servidores dos fóruns e jurisdicionados.

O comandante-geral da Polícia Militar, coronel Euler Chaves, afirmou que as polícias Militar e Civil agirão como a força que a lei determina para combater a violência à Justiça e ao Estado. “Já determinamos aos comandos do Batalhão e do Tribunal que estabelecessem reforços nas áreas, com policiamentos específicos e físicos nos fóruns, bem como o acompanhamento aos magistrados. Estamos oferecendo todo o apoio necessário para o exercício tranquilo da magistratura”, disse.

Para o secretário de Segurança, Cláudio Lima, a atuação conjunta entre os Poderes na contenção da violência garante mais eficácia. “É necessário avaliar a violência em todo o Brasil, que tem chegado a níveis preocupantes. Segurança pública não é responsabilidade apenas da Polícia, mas um dever e responsabilidade de todos”, afirmou o secretário.

G1

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