quinta-feira, 20 de junho de 2013

Popularidade do governo Dilma cai 8 pontos, diz pesquisa

20/06/2013

A avaliação do governo Dilma piorou em junho na comparação com março, segundo pesquisa CNI/Ibope divulgada nesta quarta-feira, 19. O levantamento aponta que a proporção da população que considera o governo ótimo ou bom caiu de 63% para 55% no período. A proporção de pessoas que considera o governo ruim ou péssimo cresceu de 7% para 13% - o que, segundo a CNI, é o maior porcentual desde o início do governo. Os outros 32% consideram o governo regular.

A pesquisa foi realizada entre os dias 8 e 11 deste mês, antes da intensificação dos protestos no País. A primeira manifestação em São Paulo ocorreu no dia 6 de junho, mas os protestos tomaram força a partir do dia 13, quando houve confronto entre manifestantes e policiais na capital paulista. As vaias à presidente, na abertura da Copa das Confederações, em Brasília, ocorreram no dia. Foram ouvidas 2.002 pessoas em 143 municípios. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.

De acordo com o levantamento, a aprovação da maneira de governar da presidente também caiu de 79% para 71%. Essa é a segunda pesquisa CNII/Ibope deste ano. Na primeira pesquisa do ano do CNI, os índices de aprovação do governo acompanhavam tendência de alta em relação aos dois levantamentos anteriores, realizados nos meses de março de 2012 e de 2011. No levantamento divulgado nesta quarta, de acordo com o CNI, seis das nove áreas de atuação do governo foram desaprovadas pelos entrevistados: segurança pública, saúde, impostos, combate à inflação, taxa de juros e educação. O boato sobre o fim do programa Bolsa Família foi a notícia relacionada ao governo mais lembrada pela população.

No começo de junho, pesquisa do instituto Datafolha também apontou queda na popularidade da presidente. O porcentual de brasileiros que avaliavam o governo como ótimo e bom passou de 65% no mês de março para 57% neste mês. Na ocasião, interlocutores do governo afirmaram que o recuo representava "oscilação normal", causada por fatores como a inflação dos alimentos, o "incidente" com o Bolsa Família e a seca no Nordeste.



Estadão 

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