Não restam dúvidas de que o pioneirismo tem sido uma das principais marcas da Saúde do Estado e da gestão do Hospital Regional de Cajazeiras desde que o governador Ricardo Coutinho optou por nomear equipes gestoras com caráter exclusivamente técnico e com larga experiência na militância do Sistema Único de Saúde (SUS).
Em pouco menos de três anos, a população tem presenciado uma verdadeira revolução estrutural e comportamental na principal unidade de saúde do alto sertão paraibano, com a implantação de núcleos administrativos que refletem diretamente na melhoria do atendimento, contratação de mais profissionais, aquisição de novos e modernos equipamentos e inauguração de novos setores e serviços inéditos de atendimento. Um desses novos serviços foi inaugurado nesta quarta-feira (18) na Maternidade Dr. Deodato Cartaxo, que faz parte do complexo de saúde do HRC.
Dando mais uma prova de que o bem-estar do usuário, através da Política Nacional de Humanização, é uma das prioridades da Saúde do Estado, a Maternidade do HRC passa a oferecer, a partir de agora, o serviço de Parto Humanizado.
Em termos práticos, esse tipo de procedimento visa tornar o processo de parto cada vez menos mecanizado e hospitalizado, ou seja, proporcionando um parto natural e instintivo, a pedido da gestante ou com autorização da mesma, sem uso de anestesias, de determinados medicamentos e equipamentos hospitalares. A ideia é tornar cada vez mais humano este momento marcante na vida da mulher e dos que a acompanham durante o processo.
A coordenadora da Maternidade do HRC, Nathallya Rodrigues, que também é apoiadora da Rede Materno-infantil do Ministério da Saúde, defende o parto humanizado por entender que não se deve enquadrar e mecanizar em um formato único os partos de todas as mulheres, visto que cada uma delas tem direito de optar por vivenciar à sua maneira essa experiência. Ela explica que o parto humanizado não é um mero modelo de parto, mas um processo de mudança estrutural e comportamental ao qual as maternidades devem se ajustar.
“Hoje a Maternidade do HRC está efetivamente passando por esse processo de mudança, que vai desde a parte de estrutura física, onde nós já conseguimos, através do Governo do Estado, dois leitos PPP, onde a mulher vai parir de forma mais confortável, até a humanização no acompanhamento, dando à mulher o direito que ela tem de passar por esse evento tão maravilhoso na vida dela de acordo com o que ela acha melhor. Assim estamos começando a respeitar a fisiologia da mulher e da criança e não condicionando a mulher a parir da forma que a equipe acha que é melhor. Essa mudança passa pela postura dos profissionais, e o primeiro passo já foi dado, que é a capacitação e sensibilização dos profissionais para que eles entendam que eles estão ali não como protagonistas desse processo, por que a protagonista é a mulher, é ela quem vai conduzir o que a equipe vai fazer e não o contrário”.
Primeiras experiências
Primeiras experiências
No último domingo, a equipe da Maternidade do HRC administrou com sucesso dois partos humanizados que serviram como teste definitivo para a implantação do serviço. Durante o procedimento, foram adotadas algumas medidas para que as gestantes se sentissem o mais à vontade possível, como alteração na iluminação da sala, uso de música ambiente, opções de posição e contato direto com seus bebês nos primeiros instantes após o parto, antes mesmo de cortar o cordão umbilical. “Para quem presencia esse momento, é muito emocionante. As mamães choravam e a equipe também chorava”, lembrou Nathallya Rodrigues.
A professora Jéssica Andrade Firmino, moradora da zona rural de Cajazeiras, foi uma das mamães que optou pelo parto humanizado. Segundo ela, a experiência ajuda a sentir com mais vigor o instinto materno e a confiar no cuidado das pessoas que estão auxiliando no parto.
"É uma experiência diferenciada ver as pessoas procurando a melhor maneira de deixar você à vontade para ter seu filho como você quer, sentindo as sensações que você deseja. Não sei se todas as mulheres optarão por isso, mas acredito que as que optarem não vão esquecer. Ser o foco das atenções, ser a dona da situação, ser bem cuidada num dos momentos mais importantes da vida de uma mulher é a grande vantagem do parto humanizado. Acho que nesse sentido o hospital está de parabéns", ressaltou.
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cancaonoticias com HRC
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