O presidente da Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica (Abradee), Nelson Leite, pediu ao ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, para que o governo se empenhe em derrubar liminares que livram empresas geradoras de eletricidade de pagar pela energia não entregue de empreendimentos em atraso. De acordo com o executivo, entre janeiro de 2013 e dezembro de 2014, o prejuízo causado por essas obras de geração e de transmissão em atraso é da ordem de R$ 10,8 bilhões. "Atualmente, essas empresas conseguem liminares alegando excludente de responsabilidade pelos atrasos e, com isso, as distribuidoras são obrigadas a comprar energia no mercado de curto prazo. E quem paga essa conta são os consumidores", disse o dirigente.
Nelson Leite citou os atrasos na entrega de energia pelas usinas de Santo Antônio e Jirau, em Rondônia; o atraso em linhas de transmissão de usinas eólicas localizadas na Bahia e ainda as usinas térmicas da Bertin, que nunca chegaram a ser construídas. "O justo seria que os responsáveis pelos atrasos pagassem essa conta, não os consumidores", completou.
Na avaliação do presidente da Abradee, os prejuízos causados por esses atrasos devem ser menores em 2015. Isso porque o teto do preço da energia de curto prazo para este ano caiu para menos da metade do valor que era praticado no ano passado e alguns desses empreendimentos começam a recuperar seus cronogramas.
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