Menos de 30% das vagas destinadas para o programa de residência de médicos de família e comunidades são preenchidas no Brasil. Das 1.520 vagas disponíveis, somente 400 foram preenchidas, em 2015. Mesmo com um crescente número de vagas para esta especialidade, ainda não há uma promoção por parte do meio acadêmico.
Melhorias no fomento das políticas públicas para garantir equipes da Estratégia da Saúde com melhor qualificação do profissional foram apontadas como solução.
Estes números e constatações foram debatidos durante o 13.º Congresso Brasileiro de Medicina de Família e Comunidade, em Natal (RN). O evento ocorre até o dia 12 deste mês.
Atenção básica em saúde
No Brasil, a Estratégia de Saúde da Família, teve início em 1994. Atualmente, é um modelo que reorienta a prática da atenção básica em Saúde. Ele envolve equipe multidisciplinar e fica mais próximo da família dentro de uma área ligada às diversas comunidades do Brasil. Trabalha a prevenção, a promoção e a recuperação da saúde.
A abrangência é de 120 milhões de pessoas - 60,17% da população brasileira e 39.228 equipes implantadas em 5.463 Municípios.
Exemplos
Em países como Espanha, Portugal, Canadá e Cuba, este modelo de atenção básica é referência. Aproximadamente 40% das vagas são preenchidas por residentes da especialidade Saúde da família. Nesses países é obrigatório que o profissional médico possua a certificação da especialidade Saúde da família para que preste a atenção básica nas unidades referenciadas.
Dentre os desafios do Brasil, está a valorização do profissional, por meio da adequação dos valores das bolsas estudantis (pagas pelo Ministério da Saúde e Ministério da Educação). Os residentes recebem, em média, R$ 3 mil por mês.
Os Municípios brasileiros que mais se destacam com vagas para a residência médica em Saúde da família e comunidade são Rio de Janeiro (RJ), Curitiba (PR) e Florianópolis (SC).
CNM
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