02.02.2022
Revelando seu caráter entreguista após quebrar grande parte das empreiteiras e da indústria naval brasileira com a Lava Jato, Sergio Moro (Podemos) atacou a Petrobras e os bancos públicos, classificados por ele como “atrasados”, e prometeu “privatizar tudo” caso seja eleito ao Planalto.
“A Petrobras teve papel importante para o país, mas é uma empresa atrasada, que ainda vive da exploração do petróleo, um combustível que o resto do mundo já não está mais usando. Hoje estamos discutindo outras formas de energias limpas, mais ambientalmente corretas, energias limpas como a energia solar”, disse Moro em palestra para empresários em São José do Rio Preto, no interior paulista.
Em sua fala, Moro mostra completa ignorância da atuação da Petrobras como financiadora de projetos de energia renováveis – em grande parte desmontados após o golpe de 2016 – e da indústria de refino e distribuição de combustíveis, que vem sendo destruída por Jair Bolsonaro (PL) para favorecer as grandes petrolíferas privadas.
Mostrando estar alinhado com o pensamento do ex-chefe – que quer se “livrar” da Petrobras – e dos asseclas neoliberais do governo, o ex-ministro da Justiça ainda mirou o Banco do Brasil e a Caixa, que teve atuação imprescindível durante a pandemia da Covid-19.
“Cada privatização precisa avaliar o momento, mas meu viés é positivo. O assunto não pode ser um tabu, o Brasil precisa quebrar esses tabus. Outro exemplo são os bancos, a Caixa e o Banco do Brasil. Hoje temos os bancos digitais que é [sic] um modelo que deu certo. E estamos presos ao passado. Se for possível privatizar tudo, que se privatize tudo”, disse Moro, ignorando também que boa parte dos bancos digitais são controlados pelas instituições “atrasadas” do sistema financeiro.
Nenhum comentário:
Postar um comentário