14.11.2023
O coordenador-geral do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), Gilvan Sampaio, explicou os efeitos que o aquecimento global pode ter no Brasil nos próximos anos, como calor recorde e chuvas.
Em matéria do UOL, Sampaio explicou que 2023 é o ano mais quente já registrado desde o século 19, quando os dados passaram a ser reunidos, mas que o recorde pode ser batido em breve: “O motivo é aquele que já falamos há algumas décadas. É a combinação do aquecimento global, que continua se intensificando, com o El Niño de intensidade forte”, disse.
“Também temos o Atlântico Tropical Norte mais quente que o normal. E o Atlântico Tropical Norte também está contribuindo para essa média. (…) Principalmente no Sul, as chuvas excessivas, e no Norte as secas, que vão perdurar pelos próximos meses”, explicou.
Segundo ele, as projeções climáticas para as próximas décadas mostram um “padrão muito claro” sobre o clima: “Chuvas excessivas no Sul do Brasil e secas generalizadas no Norte e Centro da Amazônia, e região Nordeste”, disse.
Segundo o coordenador-geral do Inpe, o foco da seca mudará da Amazônia para a região Nordeste: “O foco estava mais no sudoeste da Amazônia e região central, e passa a ser agora o leste e o norte da Amazônia, que é onde de fato o El Niño tem um impacto maior. E no ano que vem, como o El Niño perdura pelo menos no primeiro semestre, nós teremos um impacto na região Nordeste do Brasil, com a pior das combinações possíveis”.
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