terça-feira, 18 de fevereiro de 2025

Câmara pagou R$ 4,6 milhões em reembolsos de despesas de saúde

 18.02.2025


Desde 2019, foram reembolsados pelo menos R$ 30 milhões aos parlamentares que preferiram recorrer à rede privada sem utilizar plano de saúde, segundo levantamento feito pelo Correio com dados públicos e via Lei de Acesso à Informação (LAI).

Em 2024, dos 513 deputados, 218 solicitaram reembolsos. Desses, sete receberam valores superiores a R$ 100 mil, que se somaram aos R$ 44 mil de salário mensal e aos demais benefícios que cada parlamentar tem direito. Um deputado do Espírito Santo recebeu, sozinho, R$ 482 mil ao longo de todo o ano. O menor valor acumulado foi de R$ 183. Em 2023, o maior valor recebido por um deputado foi de R$ 381 mil. Naquele ano, a Câmara desembolsou R$ 4,9 milhões.

O ato da Câmara que instituiu os reembolsos é de março de 2013. Daquele ano até 2021, o valor máximo permitido por despesa médica para cada parlamentar era de R$ 50 mil. Em março de 2021, no início do primeiro biênio da gestão do então presidente Arthur, o político assinou um aumento de 170,8% no limite desses valores. Passou a ser de R$ 135,4 mil. À época, Lira disse que o aumento era necessário por causa da alta da “Inflação Médica”.

A comodidade caiu nas graças dos parlamentares. Até deputados com discurso anti-privilégios fazem uso dos reembolsos. É o caso, por exemplo, do deputado Kim Kataguiri (União Brasil-SP), pelos discursos e propostas pelo fim dos supersalários e dos penduricalhos para agentes públicos.

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