Nesta semana, foi protocolado requerimento para criação de uma CPI, Comissão Parlamentar de Inquérito para investigar as causas e consequências do alcoolismo e, principalmente, as razões que determinaram o aumento do consumo da substância nos últimos cinco anos.
O deputado Vanderlei Macris, do PSDB de São Paulo, conseguiu o apoio de 194 deputados, 23 a mais do que o mínimo necessário para a implantação da CPI.
Esta deve ser a primeira CPI da nova legislatura, mas ainda não há prazo para sua criação.
Para Wanderlei Macris, o brasileiro tem consumido bebida alcoólica cada vez mais cedo e isso tem motivado o aumento da criminalidade no país.
Macris aponta, ainda, para justificar a criação da CPI, a falta de conhecimento das autoridades sobre o assunto.
Os dados mais atualizados sobre o consumo de álcool no Brasil são do Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas.
O último boletim da entidade é relativo ao mês de dezembro do ano passado e mostra uma pesquisa em 37 escolas particulares da cidade de São Paulo.
Foram ouvidos mais de 5 mil estudantes, divididos entre o ensino médio e fundamental. Quatro em cada 10 estudantes afirmaram ter consumido alguma bebida alcoólica nos 30 dias anteriores à pesquisa.
Quatro entre cada 5 estudantes afirmaram nunca ter usado outra droga que não o álcool. Um terço dos alunos do ensino médio beberam 5 doses na mesma ocasião pelo menos uma vez no mês anterior à pesquisa.
O deputado Vanderlei Macris quer que a CPI convide especialistas, representantes de governos e ONGs para criar um debate mais amplo.
A intenção é criar um banco de dados para, ao final, subsidiar políticas públicas que contribuam para diminuir os efeitos do alcoolismo.
"Essa é uma droga lícita, que, muitas vezes, não tem a atenção devida com o estado brasileiro que se preocupa com as ilícitas. Não há quem não tenha, na família, próximo, vizinhos, problemas com o alcoolismo. E, além disso, nós temos também o álcool influenciando a questão da criminalidade. É muito importante que numa CPI a gente possa diagnosticar isso de maneira muito clara a fim de fazermos uma política pública para amenizar um problema sério, crônico que é a presença do álcool na vida dos brasileiros."
Levantamento realizado pelo Grupo Interdisciplinar de Estudos de Alcool e Drogas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo entrevistou 12.711 universitários de todo o Brasil.
Nove em cada 10 deles haviam experimentado pelo menos uma substância psicotrópica na vida.
Em 86% dos casos essa droga foi o álcool. Segundo a pesquisa, 36% dos universitários já se embriagaram. O dado mais preocupante é que um em cada 5 universitários usa álcool de forma abusiva, com risco de dependência.
A OMS, Organização Mundial da Saúde, realizará um fórum em maio, em Brasília, para debater as estratégias para a redução dos danos provocados pelo álcool no Brasil.
O deputado Vanderlei Macris, do PSDB de São Paulo, conseguiu o apoio de 194 deputados, 23 a mais do que o mínimo necessário para a implantação da CPI.
Esta deve ser a primeira CPI da nova legislatura, mas ainda não há prazo para sua criação.
Para Wanderlei Macris, o brasileiro tem consumido bebida alcoólica cada vez mais cedo e isso tem motivado o aumento da criminalidade no país.
Macris aponta, ainda, para justificar a criação da CPI, a falta de conhecimento das autoridades sobre o assunto.
Os dados mais atualizados sobre o consumo de álcool no Brasil são do Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas.
O último boletim da entidade é relativo ao mês de dezembro do ano passado e mostra uma pesquisa em 37 escolas particulares da cidade de São Paulo.
Foram ouvidos mais de 5 mil estudantes, divididos entre o ensino médio e fundamental. Quatro em cada 10 estudantes afirmaram ter consumido alguma bebida alcoólica nos 30 dias anteriores à pesquisa.
Quatro entre cada 5 estudantes afirmaram nunca ter usado outra droga que não o álcool. Um terço dos alunos do ensino médio beberam 5 doses na mesma ocasião pelo menos uma vez no mês anterior à pesquisa.
O deputado Vanderlei Macris quer que a CPI convide especialistas, representantes de governos e ONGs para criar um debate mais amplo.
A intenção é criar um banco de dados para, ao final, subsidiar políticas públicas que contribuam para diminuir os efeitos do alcoolismo.
"Essa é uma droga lícita, que, muitas vezes, não tem a atenção devida com o estado brasileiro que se preocupa com as ilícitas. Não há quem não tenha, na família, próximo, vizinhos, problemas com o alcoolismo. E, além disso, nós temos também o álcool influenciando a questão da criminalidade. É muito importante que numa CPI a gente possa diagnosticar isso de maneira muito clara a fim de fazermos uma política pública para amenizar um problema sério, crônico que é a presença do álcool na vida dos brasileiros."
Levantamento realizado pelo Grupo Interdisciplinar de Estudos de Alcool e Drogas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo entrevistou 12.711 universitários de todo o Brasil.
Nove em cada 10 deles haviam experimentado pelo menos uma substância psicotrópica na vida.
Em 86% dos casos essa droga foi o álcool. Segundo a pesquisa, 36% dos universitários já se embriagaram. O dado mais preocupante é que um em cada 5 universitários usa álcool de forma abusiva, com risco de dependência.
A OMS, Organização Mundial da Saúde, realizará um fórum em maio, em Brasília, para debater as estratégias para a redução dos danos provocados pelo álcool no Brasil.
Rádio Câmara
De Brasília, Luiz Cláudio Canuto
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