18/10/2011
O júri popular de João Francisco dos Santos e do comerciante Lailson Lopes, acusados de serem respectivamente o executor e o mentor da morte do radialista F. Gomes, será realizado no primeiro semestre do ano que vem. A previsão é do juiz Criminal de Caicó, Luiz Cândido de Andrade Vil laça. "Isso se não houver nenhum incidente processual", falou o juiz.
A morte de Francisco Gomes de Medeiros completa um ano nesta terça-feira (18). A passagem da data será lembrada por familiares e amigos do radialista caicoense em duas missas. A primeira estava marcada para as 6h30 de hoje, em Caicó. A segunda será na terça, às 19h, igreja Padre João Maria, em Petrópolis, Natal.
Mais suspeitos
Mesmo passado um ano da morte de F. Gomes e a polícia e o Ministério Público tendo apontado Lailson Lopes e João Francisco como autores do crime, o advogado Janduí Fernandes que defende a família do radialista, ainda acredita que há outras pessoas envolvidas com o assassinato.
"Tenho convicção que o Dão (como é conhecido João Francisco dos Santos) e o Gordo da Rodoviária (apelido de Lailson Lopes) têm envolvimento com esse crime. O Dão, inclusive, é réu confesso. Mas ainda acredito que há mais pessoas nessa história. Digo isso baseado no que foi dito nos autos e extra-autos. Por exemplo: o Gordo sempre agiu em grupo. Não seria esta a primeira vez que planejaria algo sozinho. Da mesma forma, não acho que o Dão tenha condições de elaborar um crime como esse sem ter um apoio de outras pessoas", disse Janduí Fernandes.
Sem querer citar nomes, Janduí Fernandes reforçou a possibilidade de outras pessoas terem conhecimento sobre outros mandantes do crime. "Algumas pessoas sabem o que realmente aconteceu. Não vou dizer quem são, mas temos que investigar as pessoas que têm contatos com os dois. Temos que aprofundar a questão da arma usada para matar F. Gomes. Esse revólver não está no açude Itans, como foi dito por Dão e como consta nos autos. Se comenta por aqui em Caicó que essa arma é guardada como troféu", frisou.
O promotor Criminal de Caicó, Geraldo Rufino de Araújo Júnior, é mais contido ao falar sobre a participação de outras pessoas no crime. "O que ainda há muito por aqui em Caicó são fofocas, conversas. Mas ainda não surgiu nada de concreto. O que poderia ter sido feito foi feito: um delegado especial investigou e indiciou as pessoas. Depois pedimos mais investigações e a polícia chegou ao mandante. E em seguida o Ministério Público ofereceu denúncia contra Dão e Lailson. Ou seja, a instrução foi feita. De qualquer forma, nada impede que surja um fato novo. Mas é preciso que se apresente provas concretas", ponderou.
O radialista F. Gomes tinha 46 anos quando foi assassinado na calçada da casa dele, no bairro Paraíba, em Caicó. Ele morreu após ser atingido por três tiros. F. Gomes era casado deixou três filhos.
Levi Dantas com Tribuna do Norte Especial para o DIÁRIO DO SERTÃO
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