18/10/2011
Os alunos que fizeram provas de supletivo no domingo (16) em duas escolas de João Pessoa, mas tiveram a seleção interrompida devido a uma operação do Ministério Público da Paraíba, poderão solicitar o dinheiro de volta às instituições caso se sintam prejudicados. De acordo com o assessor jurídico da Secretaria de Educação do Estado, Bruno Ricelli, os alunos estão sujeitos a perder seus diplomas de conclusão de Ensino Médio porque as escolas estavam aplicando provas sem autorização do Conselho Estadual d e Educação e sem o reconhecimento do Ministério da Educação.
A possibilidade existe, mas a Secretaria espera a conclusão do inquérito policial para tomar providências quanto às duas instituições de ensino privadas suspeitas de participação na 'máfia do Supletivo' em João Pessoa. Durante a operação em conjunto entre a promotoria de Educação, a Polícia Militar e a Secretaria da Educação, duas pessoas responsáveis pelos Colégios Genius e Getúlio Vargas foram presas em flagrante por estelionato.
Segundo Bruno Ricelli, em princípio os alunos que receberam diplomas não perderão o certificado, mas a hipótese não está descartada, pois a secretaria ainda vai estudar o caso. Ele também explicou que as instituições citadas já tiveram autorização para aplicar as provas, mas suas liminares foram cassadas em abril e maio deste ano e elas passaram a atuar de forma irregular.
Confome a promotora Fabiana Lobo as escolas Pré-Saúde (que pertence ao grupo Getúlio Vargas) e Master do Bessa (do Colégio Genius) cobravam R$ 25 por disciplina, que multiplicado por 12 matérias dava um total de R$ 300 por aluno. As provas eram realizadas mensalmente e atraíam, principalmente, estudantes de outros estados que não conseguiam passar no ensino médio. O caso foi denunciado pelo Ministério Público do Rio Grande do Norte à Secretaria da Educação da Paraíba.
A delegada Aurelina Monteiro, plantonista da 10ª Delegacia Distrital no momento das prisões, informou que não poderia comentar o andamento do inquérito. No Colégio Getúlio Vargas, o atendente disse que a diretoria não estava no local. Odésio Medeiros, presidente do Sindicato das Escolas Particulares da Paraíba e um dos diretores do Genius, também foi procurado, mas a informação é de que ele foi submetido a uma cirurgia e permanece internado em um hospital da capital.
G1 - PB
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