31.01.2020
Nota divulgada à imprensa, pela Associação dos Policiais Civis de Carreira na Paraíba – Aspol -revela racha entre a categoria da Polícia Civil no Estado da Paraíba. Com a categoria dividida, os policiais civis podem “enterrar” negociações por reajuste salarial junto ao Governo do Estado.
Confira a nota:
NOTA DE ESCLARECIMENTO
A ASSOCIAÇÃO DOS POLICIAIS CIVIS DE CARREIRA DA PARAÍBA – ASPOL/PB e o SINDICATO DOS PERITOS OFICIAIS DA PARAÍBA – SINDPERITOS vêm a público manifestar a verdadeira versão sobre a não participação de ambas as entidades no Fórum de Segurança e sobre o recente impedimento de participar da reunião convocada pelo Governador do Estado, João Azevêdo, na última quarta-feira (29).
- A ASPOL participou de reunião do Fórum com o intuito de deliberar em conjunto com as necessidades trabalhistas e salariais dos servidores da categoria investigativa, todavia, as propostas apresentadas não foram aprovadas.
- A ASPOL sugeriu, por exemplo, a equiparação dos investigadores criminais com o cargos equivalentes de nível superior na Polícia Militar. Acreditamos ser estranho que as categorias que seriam beneficiadas, a exemplo de técnicos em perícia, necrotomistas, papiloscopistas, tenham se manifestado de FORMA EM CONTRÁRIA.
- Sugerimos a recomposição salarial (que seria equiparar o vencimento e o risco de vida às categorias de nível superior, porque acreditamos que a vida de um servidor policial não vale mais que outra) e novamente, inclusive alguns que seriam beneficiados, votaram CONTRA.
- Foi sugerido utilizar como parâmetro o salário dos investigadores de Pernambuco, e as categorias se negaram novamente.
- Em todas as votações somente compreenderam a importância e justiça dos pleitos o SINDPERITOS e da ASPOCEP, que votaram a FAVOR dos pleitos apresentados pela ASPOL.
- Outro detalhe, é que o Sindicato dos Peritos sugeriu diminuir o percentual de seu reajuste para que outras categorias (categoria investigativa e apoio técnico) pudessem ter um melhor reajuste, dada a defasagem de seus salários. Porém, A ENTIDADE REPRESENTATIVA DE DELEGADOS NÃO SE PROPÔS A SEGUIR O MESMO ENTENDIMENTO, O QUE PROPORCIONARIA ISONOMIA ENTRE AS CATEGORIAS.
- Após esse fato, o Fórum de Segurança deliberou por reajuste IGUAL DE 53% para todos os cargos, contudo, a ASPOL pontuou, por exemplo, que 53% de quem ganha R$ 20 mil é um valor acima de 10 mil e 53% de R$ 4 mil é algo em torno de R$ 2 mil. Então não se pode falar em IGUALDADE, quando algumas categorias estão recebendo R$ 10 mil de aumento e outras R$ 2 mil. ISSO NÃO É IGUALDADE!
- Portanto, CONSIDERANDO que a IGUALDADE não é uma medida justa para se igualar categorias com enorme diferença salarial, pois fere princípio constitucional; CONSIDERANDO que o resultado das votações seguiam contrárias aos interesses dos investigadores, a ASPOL deliberou com a categoria investigativa em Assembleia Geral e a categoria entendeu que as votações eram prejudiciais e, por isso, a Associação decidiu sair do Fórum.
- Posteriormente, o SINDPERITOS também saiu do Fórum. Após uma deliberação de um pleito desta categoria ter sido votado e aprovado, a REPRESENTAÇÃO DOS DELEGADOS TERIA INSISTIDO NUMA REFORMULAÇÃO DA VOTAÇÃO, ATÉ QUE NEGARAM O PLEITO DO SINDPERITOS. Por essa razão, também deixaram de participar do Fórum.
- Antes da reunião realizada com o governador João Azevêdo nesta quarta-feira (29), a ASPOL e o SINDIPERITOS manifestaram a intenção de participar da mesa de debates, juntamente com outras entidades de Segurança Pública. Porém foram informadas de que ‘uma decisão colegiada’ (não se sabe de quem) teria deliberado pela não participação de ambas nas discussões, gerando surpresa à categoria dos investigadores e peritos pelo caráter de exclusão, contrário ao discurso de ‘unidade’ pregado por esse Fórum.
- Considerando que os pleitos da categoria investigativa e peritos já foram apresentados ao secretário da Segurança e da Defesa Social, Jean Francisco Nunes, que é delegado de Polícia Civil e conhecedor do grande fosso existente entre as categorias da instituição, a ASPOL e SINDIPERITOS reiteram a disposição ao diálogo e solicitam tratamento isonômico do governador do Estado, João Azevêdo, no que se refere à participação das duas entidades em discussões que interferem diretamente na vida de seus associados.
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