03.02.2022
Depois de 5 anos e meio, o ministro Luís Roberto Barroso, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), reconhece em artigo que o “motivo real” do impeachment de Dilma Rousseff (PT) foi “perda de sustentação política”.
“A justificativa formal foram as denominadas ‘pedaladas fiscais’ —violação de normas orçamentárias—, embora o motivo real tenha sido a perda de sustentação política“, afirmou Barroso em artigo que será publicado na edição de lançamento da revista do Centro Brasileiro de Relações Internacionais (Cebri).
A declaração comprova que houve um golpe parlamentar para tirar Dilma da Presidência em agosto de 2016, alçando o poder o vice, Michel Temer (MDB), que desencadeou imediatamente medidas neoliberais e para favorecimento de grandes petrolíferas privadas.
No texto, divulgado em parte pela coluna de Mônica Bergamo, na edição desta quinta-feira (3) da Folha de S.Paulo, ainda discorre sobre o conluio do Congresso com Temer.
“O vice-presidente Michel Temer assumiu o cargo até a conclusão do mandato, tendo procurado implementar uma agenda liberal, cujo êxito foi abalado por sucessivas acusações de corrupção. Em duas oportunidades, a Câmara dos Deputados impediu a instauração de ações penais contra o presidente”, escreve o presidente do TSE.
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