O recadastramento feito pelo governo Ricardo Coutinho encontrou 2.341 servidores irregulares, recebendo mensalmente salários do Estado. Entre eles, 71 já falecidos.
O levantamento, capitaneado pela Secretaria da Administração, também detectou 650 servidores fantasmas e 44 estrangeiros, que estão fora do País.
As informações foram ventiladas em sessão especial tensa, que ainda está em curso na Assembléia Legislativa, convocada pelo bloco da oposição para que o governo mostre os bastidores das demissões de comissionados e pro tempores.
Carneiro, acompanhado pelos secretários Aracilba Rocha (Finanças) e Luzemar Martins (Controladoria), denunciou que o recadastramento dos servidores, feito após os cortes de pessoal, mostrou ainda uma farra de contratações políticas na gestão do ex-governador José Maranhão.
Carneiro assegurou que alguns deputados chegaram a indicar 400 servidores. Muitos deles ganhando gratificações de até R$ 13 mil.
A denúncia inflamou os ânimos entre os deputados. Raniere Paulino, da bancada do PMDB, exigiu que o secretário revelasse os nomes dos parlamentares.
“Os nomes serão divulgados no momento oportuno”, desvio Carneiro.
Reajustes e concursos
Na sessão, os secretários devem anunciar que o Governo começará, em agosto, a planejar política de reajuste do funcionalismo. Alguns aumentos podem ser implantados ainda este ano.
Os secretários devem ainda informar em que áreas o governo realizará concursos públicos para substituir os pro tempores, que deverão estar extintos da máquina estadual ate 2012.
Parte destas informações foram antecipadas esta manhã pelo secretário Luzemar Martins (Controladoria Geral do Estado), que também estará nesta quarta-feira na AL, explicando o processo de demissões feitas neste começo da administração Ricardo Coutinho.
A equipe do governo também deve revelar relatório onde estão dados levantados por meio de recadastramento, onde identificou o quadro real de pro tempores e as demandas de cada pasta.
Portal Correio
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