16.09.2022
A TV Diário do Sertão, em parceria com um consórcio de veículos de comunicação, realizou o debate com candidatos ao Senado, na noite desta quinta-feira (15), com as presenças de Ricardo Coutinho (PT), Pollyanna Dutra (PSB), Alexandre Soares (PSOL), Efraim Filho (União) e Pastor Sérgio Queiroz (PRTB).
Faltaram ao debate: André Ribeiro (PDT); Bruno Roberto (PL) e José Pessoa (PCO). Eles justificaram que as ausências foram “por motivos de força maior”.
O debate foi transmitido através das plataformas da TV Diário do Sertão (YouTube, Facebook, Canal 3 Netline, portal Diário do Sertão), 21 emissoras de rádio, 53 portais das regiões, além da TV Agreste.
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Os candidatos discutiram temas importantes para a Paraíba, mas aconteceram também momentos de troca de acusações. Efraim Filho foi o alvo mais apontado pelos adversários por estar ligado à base do presidente da República, Jair Bolsonaro (PL). O primeiro bloco foi de apresentações e o quinto e último bloco foi para considerações finais.

Os candidatos Pastor Sérgio Queiroz, Ricardo Coutinho, Pollyanna Dutra, Alexandre Soares e Efraim Filho
MELHORES MOMENTOS DO DEBATE
Segundo bloco
Pastor Sergio x Pollyanna
O primeiro bloco, com perguntas entre eles em tema livre, começou com o Pastor Sergio Queiroz acusando o Governo do Estado de não ter iniciativas para aproveitar as águas da transposição do Rio São Francisco no sertão. Pollyanna respondeu que o pastor desconhece a realidade da região e frisou que o governo Bolsonaro executou apenas 4% da obra. Em seguida, Pollyanna afirma que o Estado vai possibilitar projetos para irrigação, mas ela ressalta que antes precisa reivindicar em Brasília a liberação de mais vazão da água, pois a atual vazão não é suficiente para esse fim.
O pastor, po sua vez, diz que conhece a realidade dos perímetros irrigados, por ser engenheiro civil, e citou a necessidade de novas tecnologias que facilitem empreender com a transposição, assim como a necessidade de titulação das terras de famílias que moram nesses setorers para que elas possam utilizar a água.
Ricardo x Efraim
Ainda nesse bloco, Ricardo Coutinho indagou a Efraim Filho por que ele votou contra o Auxílio Emergencial Permanente. Efraim respondeu que votou a favor da implantação do auxílio na pandemia e aumento do valor. Ricardo insistiu afirmando que seu adversário foi contra o Auxílio Permanente, a favor do teto de gastos, da reforma da previdência e da privatização da Eletrobras. Efraim acusou Ricardo de espalhar fake news e ressaltou ter votado a favor da implantação do piso nacional da enfermagem e do aumento para professores.
Alexandre x Ricardo
O segundo bloco prossegue com Alexandre Soares perguntando a Ricardo Coutinho o que ele tem a dizer sobre os “excessos” do Supremo Tribunal Federal (STF) e a atuação de senadores com pendências na Justiça Eleitoral. Ricardo diz que defende uma reforma no sistema judiciário, mas elogia a atuação do STF na defesa da democracia e no combate às fake news. Em seguida, faz críticas à Lava Jato, ao passo que Alexandre defende reforma política.
Terceiro bloco
Perguntas de jornalistas
O terceiro bloco, com perguntas feitas por jornalistas e radialistas parceiros, começou com o radialista Clinton Medeiros, da Rádio Solidaria FM, perguntando sobre propostas para reduzir carga tributária e desburocratizar a abertura de pequenas empresas no sertão. A pergunta foi respondida pelo Pastor Sergio Queiroz.
F. de Assis, da Rádio Conceição FM, pediu propostas para viabilizar o terceiro eixo da transposição do Rio São Francisco na região do Vale do Piancó. A pergunta foi respondida por Pollyanna.
José Leite, da Rádio FM Cidade, indagou a respeito da PEC que pode acabar com reeleição e aumentar mandato de 4 para 5 anos. A pergunta foi respondida por Ricardo Coutinho.
Cleiton Amorim, da Rádio Mais FM, perguntou se os candidatos têm projetos para os hospitais públicos de Cajazeiras, sobretudo para o Hospital Universitário Júlio Bandeira (HUJB). A pergunta foi respondida por Alexandre Soares.
José Dias Neto, do Sistema Diário do Sertão, pergunta se há intenção dos candidatos em viabilizar a implantação de voos comerciais no aeródromo de Cajazeiras. Pergunta respondida por Efraim.
Quarto bloco
Ricardo x Efraim
No quarto bloco, Ricardo Coutinho e Efraim Filho voltaram a se enfrentar. Agora Ricardo pergunta ao seu adversário por que ele votou a favor do congelamento de salários dos servidores públicos na pandemia. Efraim alegou que o “orçamento de guerra” aprovado no Congresso em caráter de urgência devido à pandemia fez o país “assumir receitas e despesas diferenciadas”. Depois, reitera que foi a favor do piso da enfermagem e aumento para os professores.
Ricardo replicou afirmando que Efraim só vota a favor de matérias cuja aprovação é consenso para todos no Congresso, mas se posiciona contra os trabalhadores. Em seguida, diz que Efraim Filho não é ‘foguete’, mas sim um ‘míssil de destruição’. Na tréplica, Efraim acusa Ricardo de ter ido ao debate apenas para fazer fake news.
Pollyanna x Efraim
Na sequência do quarto bloco, Pollyanna Dutra pergunta ao candidato Alexandre Soares o que ele acha dos cortes do governo Bolsonaro no Farmácia Popular e o “orçamento secreto” distribuído entre parlamentares do “centrão”. Na resposta, Soares diz que Efraim Filho teve acesso à verba do “orçamento secreto”, e Pollyanna completa afirmando que Efraim recebeu mais de R$ 20 milhões, que seriam da UEPB, para bancar campanha e fazer “balcão de negócios” nas prefeituras.
Após essa fala, a assessoria de Efraim pede à banca julgadora direito de resposta e o pedido é deferido. Na resposta de um minuto, Efraim diz que o município de Pombal, terra de Pollyanna, conhece o passado da candidata. Depois ele afirma que Pollyanna teve contas rejeitadas pelo TCE para devolver cerca de R$ 700 mil aos cofres públicos.
Pollyanna x Alexandre
Ainda no bloco, Alexandre Soares pergunta a Pollyanna Dutra como ela lida com o fato de haver ‘bolsonaristas’ no atual grupo político dela. Na resposta, Pollyanna diz que na atual conjuntura nenhum partido do campo progressista tem legitimidade para condenar alianças, pois o momento pede que haja somatória de forças para derrotar Bolsonaro, e para isso é preciso fazer “coligações necessárias” (ela cita a aliança entre PT e MDB nacional como exemplo). Por fim, a candidata diz que não tem ‘desvio’ na sua conduta política e ideológica. Alexandre, por sua vez, alega que PSOL tem legitimidade para condenar as alianças porque “não anda com bolsonaristas a tira-colo”.




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